Fui ver a final da Liga dos Campeões, e fui a muitos dos jogos anteriores.
Vi lá pedreiros e advogados, padeiros e médicos, estivadores e engenheiros. Também vi ministros, presidentes de regiões e primeiros-ministros. Vi um Rei num estádio do seu reino, e um Príncipe com a sua família a apoiar a equipe do seu principado.
Onde é que Rui Rio foi buscar a ideia de que ir ao futebol é um sinal de promiscuidade com a política?
Isto que parece uma birra é um caso grave de falta de noção do papel de um Presidente de Câmara da 2ª cidade do País. No Porto o sentimento de desprezo pelo poder político é real e a inveja em relação a Lisboa justificada. Por isso os portuenses se identificam tanto com o FC Porto. Corresponde ao seu único motivo de afirmação. OSe Rio quer contrariar isto tem de criar e fomentar nos seus cidadãos outros motivos de orgulho. Só depois disso é que se pode dar ao luxo de tentar passar o relevo do futebol para 2º plano.
Mas aquilo que menos parece interessar a Rui Rio é o que os cidadãos sentem. Mas o bem estar passa por aquilo que se sente todos os dias.
A cidade precisa de referências, de identificação com factores de sucesso, de sentimento de pertença a uma comunidade válida. E há bons exemplos no Porto que a Câmara poderia aproveitar.
Um dia destes volto a este tema.
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