Aproveitando a onda começada pelo Carlos, e já que ninguém nos pergunta, aqui vai.
Tinha acabado de chegar ao colégio (sozinho,tinha 9 anos), quando a Teresa, a freira que tomava conta de nós, nos mandou a correr para casa (santa ingenuidade). Durante dias vi malas a serem feitas e desfeitas, mas não fui para lado nenhum, ao contrário de uma boa parte da minha turma. Mais tarde soube que estavam no Brasil, mais tarde ainda continuo sem perceber porque foram. Resultados práticos, só no ano seguinte, o meu Pai foi saneado, e eu passei para o ensino oficial. Foi o melhor que me podia ter acontecido, pois assisti a um momento mítico, a queda do muro. Eu explico para quem for mais novinho, as escolas estavam divididas em rapazes e raparigas, e eu vi o muro a ser demolido, só que há coisas que não mudam tão facilmente, e os meninos continuaram a brincar do lado direito, e as meninas do esquerdo. Hoje, quando vou levar a minha filha ao infantário, que é ao lado da escola, tudo me parece maravilhoso, aquela foi a minha revolução.
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