Eduardo Prado Coelho hoje no Público diz que a direita domina a comunicação social. A direita diz que a comunicação social é dominada pela esquerda. Há mesmo quem dê o exemplo do Público como " o jornal em que o dono é capitalista, o director liberal e a redacção do bloco de esquerda". Não diria tanto. Um dos meus defeitos antes de ler uma notícia ou crónica é ver quem a assina. Depois dou início à leitura, mas já devidamente preparado. Isto chama-se saber ler um jornal. E caro EPC pode crer que a esquerda domina as redacções da maior parte dos media portugueses. Pode efectivamente existir, neste momento, um contra-poder por parte dos directores dos principais orgãos, mas a esses nem tudo se lhes pode pedir e muito menos todos os dias. Basta seguir o exemplo dado em Não Esperem Nada de Mim.
Os media são feitos por seres humanos. Que têm sentimentos e opiniões. Diz o código deontológico dos jornalistas, logo no seu ponto 1:" O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atend?veis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público". Mas a subjectividade de análise de um acontecimento, veja-se no jornalismo desportivo a discussão que um penalty pode originar, a procura da leitura do que está por detrás no acto de um político, leva necessariamente a que essa honestidade seja afectada.
Estou no entanto crente que o Jornalismo que hoje em dia se pratica em Portugal, está consideravelmente melhor se comparado com o momento de pós Abril de 74, nesta dicotomia direita / esquerda.
Em outros aspectos muito tem que evoluir. Mas isso leva tempo e tem mais a ver com um problema de formação de pessoas e muitos posts levaria.
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