O Vento quando é do norte não é de chuva. Por vezes é tão forte que incomoda, em especial aqueles que, como eu, gostam de andar de bicicleta. Outras é tão fraco que nem se sente e, por isso, não é nada. Agora quando é suave e retemperador de uma temperatura quente não há melhor. É assim que vai ser a minha opinião. Não se admirem que por vezes seja forte e incomodativa, como por vezes (de pouca inspiração) vai saber a nada, mas esforçar-me-ei para que seja, na maior parte do tempo, suave, persistente e certeira.
Para hoje ocorre-me um país que, para não falar de si, do seu desenvolvimento (ou falta dele), prefere exceder o seu tempo com processos publicos de maledicência, com futebol ou com tricas de menor importancia. Mas também me ocorre um país muito dividido entre os que "circulam" perto do poder do Estado e os que vivem o seu dia a dia de "mortais", trabalhando, arriscando e "puxando" este país para o seu futuro. Ocorre-me ainda um país onde quem tem iniciativa é olhado com desconfiança, onde o que é feito pelo Estado é preferido ao que é melhor realizado pelo privado, onde o funcionário publico tem direitos adquiridos e o trabalhador privado tem deveres permanentes, onde os sacrificios são sempre pedidos a quem vê retido na fonte o seu IRS. Ocorre-me por fim um país que desconfia naturalmente de palavras como eficiência, iniciativa, proactividade, excelência, risco e prefere palavras como comodidade, espera, reactividade, suficiência e certo.
É este o mote das minhas inspirações dos próximos tempos. Tenha o prezado leitor a pachorra para me aturar.
JMP
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