domingo, setembro 21, 2003

O direito ao protesto

A noite estava calma no centro de lisboa. Era sábado, ontem mesmo, mas o silêncio era brutalmente interrompido pelo montar de andaimes num prédio. Como se tal não bastasse tinhamos a algazarra de vozes dos operários. Havia algo que não batia certo. Ou eles tinham o direito a trabalhar e fazer o barulho que faziam, ou eu e os meus filhos, bem como os restantes vizinhos, tinhamos o direito de descansar. Resolvi recorrer aos meus direitos de cidadão e toca a contactar a esquadra da zona. Espanto do agente quando lhe contei o que decorria e nem 5 minutos depois chegava um carro patrulha. Claro que não havia licença especial, claro que os meus direitos se impunham ás vontades do empreiteiro. A noite de lisboa voltou ao silêncio. Eu pude dormir convicto que tinha exercido um direito que me assiste. Verdade seja dita que poucas vezes o exerço. Como a maioria dos Portugueses e assim se vai pactuando com o abuso de outros. Por falar nos meus vizinhos só apareceram à janela quando o silêncio imperou. Ilucidativo.

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