Mas a realidade politica mostrou-se muito diferente do que estávamos habituados e temos uma "geringonça" a governar e um parlamento com geometrias muito variáveis e onde se vai passar grande parte do debate político.
A tudo isso a não recandidatura de Portas veio acrescentar ainda mais animação ao debate politico, desta feita interno mas ainda assim bem interessante para quem gosta de acompanhar a vida politica portuguesa.
O percurso de Paulo Portas é mais do que conhecido e por mim elogiado na sua globalidade. E se durante muito tempo foi acusado de ser um eucalipto, estamos hoje perante um quadro de sucessores bem interessante que acaba por contradizer essa acusação.
Nuno Melo, Assunção Cristas, Mota Soares são nomes em cima da mesa. Mas outros podem surgir como Pires de Lima ou mais remotamente, muito remotamente, Lobo Xavier. João Almeida já se colocou de fora desta corrida guardando-se para datas mais futuras. Mas existe ainda Filipe Anacoreta que tem aqui uma oportunidade de dar continuidade ao trabalho que tem desenvolvido.
Assim sendo temos um partido rico e com capacidade de continuar a prestar bons serviços a Portugal.
Melo, Cristas e Mota Soares estão seguramente divididos entre decisões de cariz político e muito de pessoal. É a primeira vez que o tem que fazer ao contrário de Anacoreta. Ser líder de um partido é entregar-se de corpo e alma. Família passa a segundo plano, horas passam a ser um bem escasso e kms e carne assada passarão a prato principal.
São bons nomes, cada um com as suas vantagens e desvantagens. Mas só eles podem decidir. Seguramente estarão a ser pressionados e aconselhados. A seu tempo saberemos. Mas uma coisa é certa, o partido está bem servido.
Será interessante que exista acima de tudo um debate e um clarificar do caminho que queremos que o partido siga. Mais do que de nomes ou de capelinhas eleitorais.
Quanto a Paulo Portas apenas podemos agradecer o seu empenho na causa e estarmos certos de que o vamos ver muito por aí.
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