Limpando
papel na casa que foi de meus pais encontrei ainda algumas facturas da Prolar.
A
Prolar era a mercearia de bairro dos meus tempos de juventude.
O
dono, o Sr, Manuel, era quem estava ao balcão e geria o negócio. Com ele
trabalhavam uns marçanos que se encarregavam da distribuição diária, manhã e tarde,
das encomendas pelos Clientes.
Aqui
Clientes com letra grande, já que eles eram tratados verdadeiramente como tal, sendo
o serviço da Prolar deveras personalizado.
Passava
o marçano, deixava o arroz, as batatas, o azeite e perguntava: para logo, Sra.
D. Maria José, mais alguma coisa? Numa emergência telefonava-se e meia hora
depois chegava o marçano.
No
fim do mês vinha o papelinho com o somatório descriminado e era passado o
cheque.
Mas
todo este serviço, além de comercialmente orientado para o Cliente, era ainda
prestado de modo não agressivo para o ambiente.
A
distribuição pelos marçanos era feita de bicicleta, os sacos e os pagamentos eram
em papel, as garrafas de vidro e recicladas.
Aquelas
velhas facturas lembraram-me o quanto nesta matéria recuámos.
Pois, mas agora há o micro-ondas, o que dá um jeitão.
ResponderEliminar