quarta-feira, novembro 06, 2013

O BPI e os 100 anos de Fátima


O banco semi-angolano BPI afirma que quer comemorar os 100 anos de Fátima.
 
Imagina o leitor que isso significa organizar para os colaboradores crentes uma excursão ao santuário? Julgaria que isso quereria dizer que a D. Isabel Santos vai passar a rezar um terço antes de cada Assembleia Geral de accionistas? Pensa algum incauto que tal significa que o Sr. Ulrich se compromete a orar um rosário antes de cada declaração política? Enfim, desiludam-se os que acreditaram que isso implicaria uma qualquer doacção a alguma instituição de solidariedade social ou pelo menos o financiamento de uma rede de postos de assistência aos peregrinos que são regularmente atropelados na EN 1.

Não! O BPI dos generais de Luanda, da Sra. Santos e do Sr. Ulrich faz um negócio: vende 2017 ‘nossas senhoras’ de prata pelo módico preço de 2900 euros ou de 7900 euros, consoante a coroa da imagem seja em prata dourada ou em ouro cravejada de 111 pedras preciosas.

O BPI é um banco muito ‘católico’: facilita o crédito por 82 ou 92 meses, com um TAEG que vai de 8,6% a 9%. E o novo bezerro vem acompanhado de um livro/certificado de uma tal Aura Miguel, que se diz jornalista acreditada na Santa Sé. Não se percebe o que é que o papel certifica, se o teor da prata ou o quilate do ouro, mas vistas as credenciais da senhora deve ser algo para garantir que a que apareceu na oliveira levava pérolas e diamantes. Tudo acondicionado em estojo de pele natural e documentado com 7 DVDs.

Enfim, um horror que assustaria a pequena Jacinta. Mas, no entender do BPI, um investimento. E o que diz a hierarquia da Igreja Católica Portuguesa?

 

1 comentário:

  1. Diz que o que o Bancos fazem responsabiliza os Bancos e é negócio, pelo diz tb que nada tem mais a dizer. Há muita coisa importante para a Hierarquia analisar

    ResponderEliminar