quinta-feira, junho 06, 2013

O congresso do CDS

Tenho amigos no PS, PSD e CDS mas quem me conhece sabe que dificilmente participaria num projecto partidário como militante.
Por feitio, por falta de tempo e por falta de ambição de ter um cargo político. Gosto de passar incógnito e gosto muito da minha actividade profissional.

Nesse sentido, peço desculpa aos meus companheiros de blog, em particular, aos militantes do CDS por estar a "meter a foice em seara alheia" mas a tentação foi demasiado grande.

Passaram-se (ontem) 2 anos desde que temos um governo de coligação, um governo para um momento único da nossa democracia.
Em junho de 2011, tinhamos uma coligação PSD-CDS subscritores de um memorando de entendimento com a troika previamente negociado com o PS.
Tinhamos a consciência que tempos difíceis viriam com o acordo (o tal bom acordo segundo Sócrates) mas também condições únicas para implementá-lo, melhorá-lo e efectuar uma profunda reforma do Estado.
O PSD assumia-se como o partido do emagrecimento do Estado, o CDS (em particular, o Dr. Pires de Lima) a voz  da economia. O PS, frágil e com nova liderança, disponível para compromissos.

O que temos passados estes 2 anos? Entre a auto-suficiência de Passos Coelho e as trapalhadas de Relvas, uma Europa  pouco solidária e em ajustamento orçamental; entre um CDS ignorado e um PS humilhado, um Presidente cada vez mais isolado; entre o sucesso do ajustamento financeiro e a espiral recessiva da economia, um povo pobre e desanimado.

O próximo congresso do CDS será uma oportunidade para clarificar a posição do partido: entre o instinto de sobrevivência e a sua matriz ideológica original, o CDS terá que discutir abertamente que equilíbrios serão úteis ao partido e, sobretudo, ao país.


Na minha perspectiva, Portugal precisa de partidos pragmáticos disponíveis para entendimentos em prol do país!

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