sexta-feira, abril 05, 2013

O dr. Relvas sai do governo. E vai um...


Vem dum passado que teima em persistir que o líder do partido ganhador das eleições tem de compensar os fiéis partidários que mais contribuíram para a sua vitória com lugares na governação do país. Até o Narciso Miranda já vimos por lá passar. Felizmente nada fez.

Ingenuamente ainda tive a expectativa que, face à concreta situação de crise, Passos Coelho cortasse com aquele mau hábito, privilegiando as competências que esta exigiam.

Rapidamente se desfez esta minha ilusão ao ver anunciados os nomes do dr. Relvas e do sr. Marco António Costa para o elenco governativo. Passos Coelho não teve pois a força, nem a coragem, de recusar o pagamento da factura que os seus correligionários-mor de Lisboa e Porto logo lhe apresentaram. Estás aí porque eu contribuí fortemente para a tua vitória, voltou a lembrar-lhe agora o dr. Relvas no seu patético discurso de saída.

Claro que a exposição que o cargo de ministro a este deu só veio confirmar a sua já sabida incompetência e falta de carácter. Mas como ele agora disse, será a história a julgá-lo. No que até terá razão, pois que o tempo pode bem revelar ter sido ainda pior do que aparenta.

A comunicação social, e seus habituais blás blás, enchem agora jornais e tempo de antena com a saída do dr. Relvas, como se ele próprio fosse um caso. Mas o caso, e que realmente valeria a pena discutir, chama-se Passos Coelho, pois que foi pela mão deste que o dr. Relvas foi elevado ao governo, bem como por estranha teimosia sua até agora aí mantido .

O sr. Marco António Costa, expondo-se menos à notícia, lá vai continuando a gerir pela calada o seu habitual jogo de influências, agora na teia de Padres e IPSS’s que a sua secretaria de estado lhe facilita, o que lhe dá aquela sensação de pequenos poderes que ele tanto carece.

Do que o sr. Mota Soares, seu chefe, também ele uma nulidade e um joguete nas mãos do sr. Gaspar, nem se aperceberá.

Clama-se agora por aí uma remodelação da equipa governamental. Sempre que desta se fala logo salta para a ribalta o nome do Álvaro. Com quem aliás até simpatizo, embora reconheça a dificuldade que tem em passar da teoria à prática e fazer as coisas realmente acontecerem.

Por isso que, em caso de remodelação, talvez guardasse o Álvaro e dispensasse mais rapidamente os srs. Mota Soares e Marco António.

Porém, depois de ouvir o sr. Gaspar declarar agora que o memorando com a troika tinha erro de raiz, era este que colocaria à cabeça na lista dos descartáveis, substituindo-o por um Ministro, pois que, para aplicar um plano às cegas, sem visão ou avaliação crítica, bastará um qualquer escriturário do ministério que saiba ler e falar inglês.

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