sexta-feira, novembro 02, 2012

SEM DINHEIRO NÃO HÁ PALHAÇO


 

 

Não deixa de ser tristemente irónico que António José Seguro, que tanto se considera o paladino daquilo a que chama o estado social, se esteja a preparar para, muito provavelmente, chefiar o Governo que iniciará e concluirá o seu desmantelamento.

Dada a evidente e penosa decadência pessoal e política do Primeiro Ministro e a desagregação da falecida coligação, o PS irá, presumivelmente, ganhar as próximas eleições, ocorram elas quando for. Desgraçadamente, para ele e para nós, António José irá manter-se na liderança do PS e, portanto, liderará o Governo que se segue.

Será então que iremos assistir ao fim das “funções sociais do Estado” tal qual elas hoje existem e que Seguro promete hoje galhardamente defender ao transe. Mas defender com que dinheiro? Como não existirá dinheiro nem capacidade para o gerar através do desenvolvimento da economia e muito menos haverá quem nos queira emprestar, a realidade ser-nos-á inexoravelmente imposta, ao país, ao Dr. Seguro e à própria Constituição. Sem dinheiro, a Constituição não valerá o papel em que está impressa por muito que isto custe ao patético Capitão Vasco Lourenço, ao alucinado Dr. Soares e aos indignados que pululam na televisão.
 
Acreditem que não digo isto por graça nem em consequência de qualquer empenho ideológico. É fundamental perceber que a realização das funções do Estado depende não da vontade de alguns políticos ilusionistas, que muitas vezes poucos ou nenhuns impostos pagam, mas dos recursos disponíveis, ou seja, do dinheiro de alguém. O Estado não tem dinheiro a não ser aquele que recolhe dos cidadãos.

1 comentário:

  1. HÁ PALHAÇO HÁ
    Durante quanto tempo é que este (in)Seguro se aguenta no papel de político virgem sem sombra de pecado? Afinal quem é que rejeita e quem criou e alimenta as condições que conduzem à destruição das funções sociais do estado? Em vez de ir discutir a questão carimba à partida e abusivamente o que os outros pretenderão fazer. Ou desmonta rápidamente o cavalo da demagogia ou acaba pisado pelas ferraduras do dito. A recusa em ir discutir o assunto por solicitação do 1º ministro revela a natureza do traste. Se um dia destes este personagem pedir para ser recebido em S.Bento ou na S.Caetano espero bem que Passos o mande à merda.

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