domingo, setembro 30, 2012

Contra os barões marchar, marchar!


Diz a opinião, tanto a pública como sobretudo a publicada, que este governo está isolado de apoios.
Pois bem, permitam-me dizer que é falso, pois que, pelo menos eu, ainda estou com ele.
E com a troika também. Confiando até mais nesta que naquele.

Pasmo quando tudo quanto é professor televisivo ou de coluna jornalística (que aliás se multiplicam como coelhos) venha agora dizer que tudo o que sai deste governo é mau, quando antes, no reinado socratino, gritavam que era isto mesmo que tinha forçosamente de ser feito.

Não pasmo quando sindicatos e partidos comunistas lançam urros contra os imprescindíveis cortes na despesa pública e no desenfreado consumo, sempre na defesa da mama que querem perpetuar à custa do povo.

Pasmo é que sejam dados ouvidos a todo este usual, cansativo e monocórdico folclore.

Pasmo sobretudo que os que se dizem empresários neste agora se apoiem para continuar irresponsavelmente a viver à sombra da mesma bananeira.

Não pasmo que tudo quanto se diz notável, barão ou baronete lute para resistir à mudança, que antes também diziam necessária.

Pasmo é na força com que esta gentalha, com Cavaco á cabeça, se agarra agora ao passado, qual tábua de salvação que lhes permita defenderem-se dos ventos de mudança e continuar sobreviver à sombra das teias de interesses que foram construindo e em que, à custa do povo, se vão movendo.

Mas nada há de permanente na vida, excepto a própria mudança. Até o tempo muda!

Também nunca os pais do problema poderão ser os pais da solução.

Portugal não pode mais continuar a  resistir à mudança. É uma questão de sobrevivência!

E este é o ponto central no crítico momento que atravessamos.

O governo anunciou já um recuo. No orçamento do próximo ano a ver vamos até onde. E quanto mais vamos pagar por ele. Mas ainda tenho alguma esperança que a troika nos ajude a minimizar este recuo, recordando-lhe a necessidade de seguir caminhando pelas linhas traçadas.

1 comentário:

  1. -> Manifestações à CGTP, ou seja, «queremos mais dinheiro não importa vindo de onde...» - Não Obrigado!!!
    {obs: quando os aumentos vinham... o pessoal CGTP varria para debaixo do tapete o facto da entidade pagadora - leia-se Estado - estar em déficit... e ter necessidade de pedir dinheiro emprestado a (perigosos) especuladores, e necessidade de vender activos...}
    .
    -> Precisamos é de Manifestações à Islândia: a revolução censurada pelos Media, mas vitoriosa!
    Resumo (tudo pacificamente):
    - Regoneciação da dívida;
    - Referendo, de modo a que o povo se pronuncie sobre as decisões económicas fundamentais;
    [uma sugestão: blog «fim-da-cidadania-infantil»]
    - Prisão de responsáveis pela crise;
    - Reescrita da Constituição pelos cidadãos.
    [nota: dever-se-ia consultar o know-how islandês]

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