terça-feira, julho 10, 2012

O Sr. Honda e o Dr. Relvas


Depois de se despedir de um primeiro emprego que lhe negava a oportunidade de lidar com motores, o Sr. Honda encontrou um outro onde lá pôde começar a meter as mãos no que era a sua paixão. Porém, à medida que neles ia mexendo e remexendo começou a perceber que não conseguia evoluir por falta de conhecimentos.

Despediu-se de novo e foi frequentar um curso de engenharia mecânica. No último ano veio-se embora sem comparecer nos exames finais. Lamentando que um aluno que muito se tinha distinguido ao longo do curso dali não saísse licenciado, um professor tentou demovê-lo.

Mas sem sucesso, pois tudo quanto o Sr. Honda queria eram os conhecimentos e esses já dali levava. O canudo de nada lhe serviria. Como então explicou ao tal professor, para ele o canudo valia menos que dois bilhetes de teatro, que sempre dariam para aí levar a namorada.

De seguida dedicou-se a fazer o que realmente gostava e, anos após a sua morte, continuamos a ver a prestigiada marca Honda a circular em todo o mundo.

O Dr. Relvas seguiu percurso inverso. De conhecimentos não necessitava, pois que já os tinha adquirido ao longo da vida! Faltava-lhe era o canudo. Foi então à (não para a) universidade. Não dará para levar a namorada ao teatro, mas sempre dará para lho exibir. Ao longe, para que não se vejam os numerinhos...

1 comentário:

  1. Fui marçano, fui padeiro
    Andei ajudante, artesão
    De biscates empreiteiro
    Não tenho calos na mão
    De aldrabão costumeiro
    Posso ser doutor ou não?

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