Depois de se despedir de um primeiro emprego que lhe negava
a oportunidade de lidar com motores, o Sr. Honda encontrou um outro onde lá
pôde começar a meter as mãos no que era a sua paixão. Porém, à medida que neles
ia mexendo e remexendo começou a perceber que não conseguia evoluir por falta
de conhecimentos.
Despediu-se de novo e foi frequentar um curso de engenharia
mecânica. No último ano veio-se embora sem comparecer nos exames finais.
Lamentando que um aluno que muito se tinha distinguido ao longo do curso dali
não saísse licenciado, um professor tentou demovê-lo.
Mas sem sucesso, pois tudo quanto o Sr. Honda queria eram os
conhecimentos e esses já dali levava. O canudo de nada lhe serviria. Como então
explicou ao tal professor, para ele o canudo valia menos que dois bilhetes de
teatro, que sempre dariam para aí levar a namorada.
De seguida dedicou-se a fazer o que realmente gostava e,
anos após a sua morte, continuamos a ver a prestigiada marca Honda a circular
em todo o mundo.
O Dr. Relvas seguiu percurso inverso. De conhecimentos não
necessitava, pois que já os tinha adquirido ao longo da vida! Faltava-lhe era o
canudo. Foi então à (não para a) universidade. Não dará para levar a namorada
ao teatro, mas sempre dará para lho exibir. Ao longe, para que não se vejam os
numerinhos...
Fui marçano, fui padeiro
ResponderEliminarAndei ajudante, artesão
De biscates empreiteiro
Não tenho calos na mão
De aldrabão costumeiro
Posso ser doutor ou não?