Como
europeu, nutro mesmo uma especial simpatia por esta interessante construção
social que os diversos países foram desenvolvendo no século passado,
basicamente no pós-guerra, e pelos princípios de solidariedade em que se
baseia.
Como
europeu temo também pelo futuro do Estado Social.
O
Estado Social está hoje gravemente doente. Pior ainda é que a doença de que
padece é contagiosa, pois que já afecta as contas públicas a economia em geral.
Tenho
para mim que as grandes linhas do Estado Social se deveriam circunscrever a (a)
saúde, (b) desemprego e (c) pensões. Tudo o mais me soa a treta. E mesmo estas
com conta, peso e medida.
Todas
as inúmeras alíneas que lhes têm vindo a ser sucessivamente acrescentadas são
como tumores que degeneram e só contribuem para a insustentabilidade do próprio
sistema.
A
solução estaria pois em operar rapidamente o doente e libertá-lo de todas as excrescências
malignas que o toldam.
Estranhamente
porém, como cura, o Estado Social optou por se tornar mais cobrador de impostos
e menos pagador de promessas.
Mas
isto é pura ilusão, pois que cada alínea de cobrança que hoje cria tem como
contrapartida mais uma promessa para amanhã, naturalmente a não cumprir, o que
só poderá conduzir à morte do doente.
De
certo modo o Estado Social é como um bom vinho. Se bebido com moderação faz bem
e dá prazer. Caso não, ai, ai, ai!
E tal como gosto do Estado Social, também gosto mais da sensação de acordar na manhã de um novo dia, do que na manhã depois da noite anterior…
E tal como gosto do Estado Social, também gosto mais da sensação de acordar na manhã de um novo dia, do que na manhã depois da noite anterior…
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