quarta-feira, julho 25, 2012

Estado Social

Gosto do Estado Social!

Como europeu, nutro mesmo uma especial simpatia por esta interessante construção social que os diversos países foram desenvolvendo no século passado, basicamente no pós-guerra, e pelos princípios de solidariedade em que se baseia.

Como europeu temo também pelo futuro do Estado Social.

O Estado Social está hoje gravemente doente. Pior ainda é que a doença de que padece é contagiosa, pois que já afecta as contas públicas a economia em geral.

Tenho para mim que as grandes linhas do Estado Social se deveriam circunscrever a (a) saúde, (b) desemprego e (c) pensões. Tudo o mais me soa a treta. E mesmo estas com conta, peso e medida.

Todas as inúmeras alíneas que lhes têm vindo a ser sucessivamente acrescentadas são como tumores que degeneram e só contribuem para a insustentabilidade do próprio sistema.

A solução estaria pois em operar rapidamente o doente e libertá-lo de todas as excrescências malignas que o toldam.

Estranhamente porém, como cura, o Estado Social optou por se tornar mais cobrador de impostos e menos pagador de promessas.

Mas isto é pura ilusão, pois que cada alínea de cobrança que hoje cria tem como contrapartida mais uma promessa para amanhã, naturalmente a não cumprir, o que só poderá conduzir à morte do doente.

De certo modo o Estado Social é como um bom vinho. Se bebido com moderação faz bem e dá prazer. Caso não, ai, ai, ai!

E tal como gosto do Estado Social, também gosto mais da sensação de acordar na manhã de um novo dia, do que na manhã depois da noite anterior…

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