Sinto um enorme desconforto e uma sincera
tristeza com o que hoje se passou nos super Pingo Doce, e este mal-estar tem
também muito a ver com o facto de ser hoje o 1° de Maio.
Há algo de gratuitamente provocatório no mero
facto da Jerónimo Martins lançar uma campanha destas num dia feriado que por
sinal é suposto ser o dia do trabalhador e em que, em princípio, os próprios
trabalhadores do comércio são supostos juntarem-se aos trabalhadores dos outros
sectores para uma jornada de confraternização.
Para além de ilegal, por atentória das regras
da concorrência (onde andas tu, ASAE?), foi degradante e humilhante a disputa
da garrafa, o empurrão da matrona, o saque das carnes e a bofetada com a couve.
Contrariamente ao que outros legitimamente pensam, eu acho que não foi giro nem foi uma festa.
Atitude indecente e provocatória do falso holandês, género: - Querias feriado? Toma lá 1 dia de trabalho infernal!
ResponderEliminarmozart
Também pensei em alguns destes aspectos negativos da campanha, mas sinceramente acho que o lado positivo deve prevalecer na avaliação das coisas. Houve muitas familias que conseguiram poupar muito dinheiro este mês, e isso só por si é bom, além de que, ao ter sido feita num feriado, a campanha permitiu que mais gente a aproveitasse. Claro que não sou insensivel aos trabalhos forçados dos trabalhadores no dia 1º de Maio, mas será que não iam trabalhar na mesma sem a dita campanha? Não sei...
ResponderEliminarum beijinho da Paula
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminaras árvores conhecem-se pelos frutos... alguns dos frutos desta campanha são profundamente degradantes e trouxeram ao de cima o pior de que somos capazes...
ResponderEliminarHouve algo de selva, de guerra de todos contra todos nesta campanha que me incomodou bastante.
E quando o marketing manipula a necessidade das pessoas a seu favor, quando uso a debilidade do outro para promover a minha marca, creio que a dignidade da pessoa humana é posta em causa. Por isso, Paula creio que o que de positivo possa ter esta campanha não apaga o que ela tem de eticamente reprovável.
A dignidade do trabalho e que ele significa enquanto expressão do nosso cuidado pelo mundo também não me parece especialmente bem tratada por esta campanha.
Pessoalmente fiquei chocado com o que se passou.
abraço
zé maria b
A triste imagem de um povo sem dignidade...face a um multimilionario sem principios!
ResponderEliminarBRAZ
Caro Francisco
ResponderEliminar(Aproveitando um IP não censurado)
Comprimento-o pela inteligência, sensatez, dignidade e (porque não?)decência revelada nos seus escritos.
Só lamento que destoe tanto do restante que vou lendo neste "blog".
Abraço
António Moreira
Caro Antònio Moreira, agradeço-lhe as suas palavras mas não vale a pena lamentar coisa alguma.
ResponderEliminarEste blogue aceitou a minha escrita e as minhas idiossincrasias sem impôr condições ideològicas ou de capela e, se mais não fora, isso jà seria uma imensa generosidade que não encontro na maioria dos blogues. Mas para além disso, aprendi a estimar e a respeitar cada um dos membros que conheço pois mesmo quando divergimos nunca se perdeu elevação. E ainda bem que hà aqui ou ali sensibilidades diferentes, pois isso mais estimula a discussão e aguça o engenho. É para isso que um blogue serve, ou não?
De resto, nada é muito grave nem muito dramàtico e com umas pitadas de humor a coisa segue ligeira.
Um abraço
Francisco