Entre a desgraça da recessão económica e o desemprego galopante é possível, com olhos condescentes, enumerar alguns sinais positivos deste último ano sob a vigência da Troika e fazer-nos ter esperança em melhor fim do que aquele que se afigura para os gregos:
- Em Portugal há, no essencial, um acordo político abrangente em volta do acordo da Troika. Apesar de Soares ter lançado a dúvida se desejava (ou não) um Alexis Tsipras para o seu PS há, felizmente, na actual direcção do PS memória suficiente para não rasgar o acordado.
- Em Portugal, foi possível alcançar um importante acordo de Concertação Social graças a um histórico sentido de responsabilidade dos agentes económicos e, em particular, da direcção da UGT.
- Na Economia, verifica-se um aumento significativo das exportações e de ganhos de quota nos mercados internacionais. O objectivo é tornar as Exportações o novo motor do crescimento da economia nacional.
- Avançaram, ainda que de modo insuficiente, algumas reformas estruturais, nomeadamente, a da legislação laboral e a lei do arrendamento; hoje, foi dada a conhecer o fim das excessivas garantias que o Estado dava ao produtores de electricidade.
Subsiste, no entanto, o Grande Problema para Portugal: a indefinição política do Projecto Europeu.
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