PP II

Nesta altura da minha vida estou ausente da vida partidária, o que não acontecia desde a adolescência. O que não quer dizer que não acompanhe, dentro do possível, as “batalhas” internas, saudaveis e imprescindíveis.

É por isso que vejo com tristeza o actual momento de tensão no CDS. Por mais que alguns o tentem menosprezar, é realmente preocupante a forma irracional como certos assuntos são tratados no partido.

Para não haver confusões, vou repeti-lo:

O CDS-PP com Paulo Portas representa um leque alargado da direita portuguesa.
Os democratas-cristãos, os conservadores, os liberais, os conservadores-liberais, todos os que defendem os valores da liberdade de escolha; na educação, na saúde, na economia. Todos os que defendem menor estado, melhor estado. Todos os que defendem a defesa da família como parte essêncial da nossa sociedade.
Todos se sentem representados no CDS actual.

Por isso o CDS cresceu, porque soube incluir sem perder a sua identidade. Todas as tentativas de o marcar a ferros ideológicamente, deram mal resultado. Nem vale a pena dar exemplos.

Dito isto, quero dizer o seguinte:

Não sou particularmente apoiante das chamadas causas fracturantes, e acho completamente infantil (para não dizer burro), que quem as apoia se ache muito moderno e prá frentex, e quem não as apoia se arrogue em defensor último da civilização.

Tenho lido nos blogues referências ao assunto. É uma pena que os conselhos nacionais sejam sempre notícia pela negativa. E a culpa é de todos. Uns porque não percebem, nem nunca perceberão, o peso que têm no partido. Outros, porque pensam que a democracia se faz na base do eu tenho razão porque tenho razão.