sexta-feira, março 02, 2012

A selva

“Exacto, a democracia parlamentar tem limites e eu sempre a achei uma nulidade legal e humana! Portanto, que mil motins floresçam. Já. Aqui e agora.”

Já aqui escrevi várias vezes que a blogosfera portuguesa está a ir por um caminho de selvajaria sem controle.
Os anónimos cobardes abundam, insultando tudo e todos.
Escrevem-se alarvidades com a maior impunidade, sabendo que uma legião de descelulados enchem as caixas de comentários com grunhidos histéricos.
Um dos exemplos mais flagrante é o 5 dias.
Não por ser de extrema esquerda, cada um que seja o que quiser.
Não por ser radical, cada um actua como quiser.
Não por apelar ao levantamento popular e outros sonhos revolucionários, cada um faz a figureta que quiser.

O problema é civilizacional, o problema é criminal.


Adenda - No seguimento do mesmo assunto, na câmara corporativa, os porcos não se inibem em dar a entender que o elevado número de mortes do último mês tem responsabilidades do governo.

3 comentários:

  1. FREGUESIAS E FREGUESIA
    Abatam-se então os argumentos de radicalistas de aviário. Actualização do estatuto e reformulação das freguesias, claro que sim. Mas não se acomodam anexos antes de se dimensionar a nave principal. Se os partidos da actual maioria feitos patos-bravos querem assentar tijolo sem cuidar dos alicerces, dos socialistas registe-se que quando na governação não gerem, atrapalham, diluem e transferem, catastróficos ao leme, ciclone arrasador na oposição. Não há solução para o País com um sistema eleitoral talhado á conta e medida, como alimento das clientelas partidárias do arco dominante, em que as permutas de poder entre estafados e viciados ocupantes se sucedem ciclicamente em restrita escala a dois comparsas, com pendura de ocasião em permanente estado de alerta. Inundados de naftalina trocam de actores e fatiotas, preservando á vez a chave bem guardada do palheiro que os vai engordando, repartindo e enfardando entre si em palco de simulação de guerrilhas para entretenimento público. Só uma emenda constitucional de emergência máxima constituirá receita curativa para tão nociva moléstia, com renovação de gentes, refrescamento e distribuição com renovados e legítimos peões, em tabuleiro a arejar com destreza. Das quase duas centenas e meia de deputados ensacados em turbilhão, aí uns 50% não tem feito mais que coçar cadeiras, agarrados, tolhidos e obedientes por fossilizados vícios desde á mais de 30 anos, em que nunca foram capazes, ou intencionalmente mascararam a emergência de parir uma nova, escorreita e transparente lei eleitoral. O modo e tempo da actual discussão do número de freguesias não passa de um mal encenado número circense, quando tudo deveria iniciar-se por uma constituição adulta e sem sofismas, pelo modo de eleição e assento no parlamento e órgãos autárquicos, para com legitimidade renovada se arquitecte o edifício administrativo do País. A redução do número de deputados deve andar perdida, a descentralização, (que não uma regionalização multiplicadora de benesses e burocracia), parece que se perdeu. Se os governantes de turno apenas rodeiam habilidosamente as questões estruturais de fundo, os anafados opositores enquanto arregalam o olho á espera de vez, vão coçando com um chega para lá macaco, quee em vez de apontar alternativas decentes insistem em inundar-nos a pele, tossindo e salivando gafanhotos.

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  2. O TITULO DESTE POST É UM INSULTO AO FERREIRA DE CASTRO, QUE ESCREVEU A SELVA

    UM ABRAÇO

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