quarta-feira, fevereiro 22, 2012

VOU DAR DE BEBER À DOR

Desculpem mas não resisti a roubar isto do Forte Apache (e de uma entrevista ao autor de Torcato Sepúlveda, publicada em tempos, saudosos, no Público):
A nostalgia pressupõe amigos que morrem; mulheres amadas que desaparecem; filhas que crescem e já não são como eram em pequeninas; eu que já não tenho a destreza dos vinte anos, já não jogo à bola, já tenho digestões difíceis. A nostalgia não está devidamente contemplada na poesia portuguesa. À força de tentarmos fazê-lo passar por uma categoria filosófica menor chamada saudade, esquecemo-nos de que o tempo foge e ninguém o agarra.
O autor é Fernando Assis Pacheco e ninguém me fez doer tanto o peito. Ainda me doi.

3 comentários:

  1. Há um outro sinal, muito doloroso, da nostalgia: o ácido úrico (que de poesia não tem nada...). Desculpa esta pequena partilha, a borratar a entrevista do Assis Pacheco.

    Um abraço do
    JAC

    ResponderEliminar
  2. Li e partilho tudo o que dizes. Abraço

    ResponderEliminar
  3. bernardo vem jogar futebol.....

    ResponderEliminar