Do que por aí se vai comentado sobre o memorando de entendimento com a Troika, sem dúvida que a discussão da chamada Taxa Social Única (TSU) é a campeã.
Mas única para quem? Naturalmente que apenas para a sua cobradora, no caso a Segurança Social.
Porém, como todos sabemos, esta taxa social não cobre a protecção no caso de acidente de trabalho, cuja taxa é paga às seguradoras. E embora esta tenha valores variáveis, não andarei longe da verdade se disser que, em média, ela rondará os 1,25% dos salários.
Por isto que, ao invés de TSU, no orçamento cá do quiosque, eu as inscrevo como ESO (Encargos Sociais Obrigatórios). E os calculo com 25% dos salários, acescidos ainda do custo daqueles burocráticos exames médicos, hoje também obrigatórios.
Ainda ontem o Público noticiava que igualmente António Borges, hoje um dos homens fortes do FMI para a Europa, juntava a sua voz aos que defendem a importância da redução da dita TSU para a nossa economia.
Não sei se o será ou não. Em teoria talvez, mas na prática...
O que sei é que uma eventual redução da TSU, compensada por IVA, é, no mínimo, uma transferência de um encargo patronal para os trabalhadores, na medida em que serão estes a pagar o tal IVA que a irá compensar.
Mas o que me faz pasmar é que, no meio desta discussão para eventual descida da TSU, esteja hoje a haver uma outra, em que Governo, Patrões e Sindicatos discutem, com estranha ligeireza, um novo aumento dos custos sociais do trabalho em mais 1% ainda para uma treta chamada fundo de despedimento.
Ao que dizem só para novos trabalhadores, o que não deixará de ser também mais um forte desincentivo a novas contratações, que cuido conviria antes incentivar.
Vá lá a gente entender esta gente!
Bem visto!
ResponderEliminarEstes tipos é que são únicos!
ResponderEliminarabr
JAC