O mais recente buraco orçamental da Madeira é mais um fardo para a nossa já muito sacrificada sociedade e um rude golpe na nossa credibilidade externa . A dívida de cada madeirense é mais do dobro da de cada português vivendo no continente.
Assistiram-se a múltiplas reacções nos media, muitas das quais, a meu ver, compreensíveis.
Uns relativizaram, dizendo que tal conduta orçamental foi igualmente prática corrente ao nível do Governo Central. Outros acharam que era altura da Madeira expiar os seus "pecados" de há longo tempo e sacrificar-se ainda mais que o continente. Dizem eles: "viveram acima das suas possibilidades". No geral, perpassa pelos media um grande desconforto com o comportamento irresponsável de um verdadeiro dinossauro político sobre o qual (e seu séquito) paira recorrentemente uma incómoda suspeita (injusta?) sobre os negócios com empresas de construção. Há, aliás, uma certa incompreensão em relação ao comportamento quer do eleitorado madeirense, quer do PSD Madeira.
A Madeira é, com muito orgulho nosso, parte integrante de Portugal. É lógico manifestarmos total solidariedade com esta região autónoma. Mas é igualmente, não só legítimo como imperioso, o Governo Central delinear regras muito rigorosas e transparentes de controlo de despesa das regiões autónomas e que impeçam qualquer tentativa de ocultação de dívida.
Da mesma forma que a Europa Setentrional tenta com os países mais endividados.
Ficamos, entretanto, a aguardar o comportamento eleitoral dos madeirenses e do próprio PSD Madeira. Será que vai haver lugar a uma regeneração política? Ou o partido está irremediavelmente preso ao passado?
Benvindo!
ResponderEliminarÉ um exercício interessante, este apelo à solidariedade.
um abraço
JAC