Escrevi aqui há umas semanas sobre o bofetão de Buffett. As consequências da sua boa consciência já se fazem sentir de forma concreta nos Estados Unidos e podem ajudar à recuperação da credibilidade de Obama.
Por todo o mundo se sentiu o abanão de Buffett, menos em Portugal. Os ricos declararam-se pobres sem um pingo de pudor e assobiaram para o lado. Ficamos a saber que são de facto pobres, de espirito.
Finalmente, numa entrevista televisiva pouco vista, surgiu um rico nacional!
André Jordan, numa entrevista em que revelou ideias lúcidas e pragmáticas, demonstrou com simplicidade que ainda sobram razões para acreditar no futuro.
É uma lufada de ar fresco ver um homem da craveira de Jordan resistir à facilidade dos prognósticos catastrofistas, ao sofisma das eternas queixas e lamurias.
No final da entrevista, quando instado sobre a onda Buffett, diz que de facto muitos dos que se afirmaram ricos em Portugal não o são, que uma taxa especial sobre as grandes fortunas não resolveria a crise, mas teria o importante condão de confortar os mais desfavorecidos nos seus árduos sacrfícios. Terminou com um desassombrado "Eu pagaria!".
Como diz o Carlos Furtado num post abaixo, o nosso problema são os patos-bravos, não são os ricos.
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