segunda-feira, maio 02, 2011

Um dia isto vai acabar mal

A paciência vai-se esgotando, não só a minha que achava eu ser infinita e aos poucos venho descobrindo que é finita mas também a do povo em geral. Ou pelo menos dos que tenham alguma decência, alguma memória e acima de tudo algum amor próprio.

Ler e ouvir José Sócrates começa a ser insuportável. Normalmente conto até 10 e procuro convencer-me que a minha irritação advém do facto dele ser socialista e eu não. Mas dou conta que já estou na casa dos milhares e a irritação em vez de desaparecer aumenta e com ela o risco de partir a televisão.

É humanamente possível continuar a ouvir alguém que desbaratou milhares de milhões, que nos enganou, nos mentiu, nos saltou para as costas e gozou e ainda assim continuar como se nada fosse, como se ele fosse o único patriota, o único que zela pelo nossos interesses? Não, não é humanamente possível. Foi então que descobri que Portugal é local priviligiado para a existência de zombies e outros seres galácticos pois apesar destas evidências existem ainda 30% de alminhas que dizem ir votar no homem.

Mas ainda assim consigo controlar a minha furia na casa dos 80 mil milhões, com suores frios e unhas roídas, e decidir que vale a pena continuar a trabalhar, a pagar os meus impostos, a educar os meus filhos nos príncipios da honradez do respeito pelos outros e pelo amor à pátria. Só que está dificil pois eles já lêem jornais e ouvem noticias e perguntam se vale a pena com tanto aldrabão à solta.

Não sei onde isto vai parar. Mas confesso que não auguro nada de bom.

1 comentário:

  1. Sobre as tão cantadas escolas públicas um detalhe, que é neles que normalmente está o gato escondido com o rabo de fora. O 1º ministro José Sócrates acusa Passos Coelho de querer promover a ignorância porque concede espaço ao privado. Mas o ilustre cidadão Eng.º Pinto de Sousa é no privadíssimo que tem os filhos a estudar. Curiosamente o líder do PSD tem os seus no ensino público. A ser verdade sobre um e outro nem dá para acreditar. Não há por aí nenhum senhor jornalista que confronte o pantomineiro com tais alarvidades? E ainda como lhe deixam passar em claro os abusos inqualificáveis de utilizar cerimónias de Estado para propaganda partidária? Como na inauguração de escolas, ou na ETAR de Alcântara onde aludiu a antigos mergulhos no rio com intuitos eleitoralistas, e se atirou a chapinhar para a lama daquela estação com esse manhoso propósito. Carácter ao nível do esgoto onde devia ter ficado.

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