domingo, maio 22, 2011

FCP, Vilas Boas e o ano do dragão

Apesar de ser boavisteiro, e só boavisteiro, não fico com a lucidez afectada como por norma ficam os adeptos futeboleiros. Claro que me custa ver um clube rival, e que agora olha para nós com pena e compaixão quando no passado nos sentia como um osso duro de roer, ganhar tudo o que havia para ganhar. Mas numa análise fria e realista temos que reconhecer que foram a melhor equipa portuguesa durante este ano. Os número são esmagadores, mas mais do que isso foi esmagadora a forma como foram ultrapassando os seus adversários e, acima de tudo, como conseguiram gerir a sobranceria que se poderia ter apoderado dos seus jogadores. É por demais evidente que a máquina portista está bem oleada e funciona na perfeição. Veja-se que pelo contrário o sporting já começa a dar tiros na sua estrutura e acabaram de eleger uma nova direcção. A tudo isso a máquina portista responde com trabalho e mais trabalho.

Por isso mesmo é justo dizer que este ano é uma vez mais uma vitória de Jorge Nuno Pinto da Costa, líder supremo do FCP. Mas julgo que todos reconhecemos os méritos e qualidades do jovem treinador que no seu primeiro ano como líder de uma equipa de topo soube aguentar a pressão e acima de tudo aproveitar ao máximo as potencialidades dos seus jogadores. Veja-se por exemplo os casos de Beluchi primeiro e Guarin na segunda metade do campeonato. A fasquia de André Villas Boas agora ficou altíssima, o que será seguramente um grande desafio e que tornará a próxima época ainda mais interessante.

Com este ano de conquistas o FCP iguala ou ultrapassa o Benfica em número de troféus. Era chegada a hora de mudar as mentalidades e os comportamentos. O FCPorto é sem dúvida uma das marcas da cidade e do país. O FCPorto deixou de ser um clube de cidade para ser um clube nacional. bastava ver o número de pessoas que em Lisboa festejaram a conquista da Liga Europa. Eu vi pois estava lá. E por isso eu gostava mesmo era que um dos principais simbolos da minha cidade conseguisse largar a capa de provincianos que tanto nos acusam e de se assumir como um líder nacional. Mas isso são contas de outro rosário.
Agora é tempo de saudar os vencedores.

adenda: eu quando digo que estava lá, era em Lisboa e de regresso ao porto passei na av da republica. não estive aos saltos a festejar. nada de aberrações.

4 comentários:

  1. O Porto tem instituições muito boas: Serralves, a Casa da Música, a Universidade, a Associação Comercial. A identificação da cidade com esses símbolos ajuda a aumentar o sentimento de pertença.
    Não percebo, com sinceridade, a repulsa que Rui Rio sente por uma das referências da cidade, nos momentos de maior sucesso internacional do FCPorto.
    Um dos segredos dos poderes locais e regionais deve ser o da abertura ao Mundo, do incentivo ao sucesso internacional, do espírito cosmopolita.
    Rio, que tem muitas qualidades, devia aqui entrar em reconciliação sincera, mostrando a quem tem dúvidas que não é dos que tem um espírito menor.
    Julgo, contudo, que essa já será uma tarefa para o próximo presidende da câmara
    JAC

    ResponderEliminar
  2. No dia 5 de Junho, vote FCP. Ernesto

    ResponderEliminar
  3. O Serna vive, acabei de o ler

    ResponderEliminar
  4. Como seria o FCP se o Pinto da Costa estivesse por detrás das grades como merece...?!

    ResponderEliminar