Como todos nós, também tenho os meus pequenos orgulhos, mas desde cedo comecei a perceber que nem sempre estes são bons conselheiros e que podiam mesmo sair caros.
Continuo a tê-los. Acho mesmo que são parte de mim e que sempre me acompanharão. Aprendi, porém, a não deixar que se sobrepusessem à razão.
Sempre me fez uma enorme confusão todo este exacerbado orgulho socratino que, sobrepondo-se à lógica de qualquer razão, se transformou em verdadeira obsessão, impedindo-o de pedir a ajuda que múltiplas razões de há muito aconselhavam. Foi preciso todo este lamentável jogo, nacional e internacional, a que nos obrigaram a assistir impotentes, para que, encostando-o totalmente à parede mais ao fundo, ele sentisse que já não lhe restava qualquer outra escapatória senão a de pronunciar a mágica palavra.
Mas o orgulho é um luxo e toda esta obstinação socratina nos saiu bem cara. Aliás ainda estou para ver como conseguiremos pagar todas as altíssimas taxa de juro a que o seu orgulho doentio nos comprometeu.
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