sexta-feira, abril 22, 2011

Esta é a nossa oportunidade.

O País sabe que devia dar relevância ao CDS, mas só agora, a pouco e pouco, a tem dado.

A credibilidade, o estatuto de preponderância, tem sido um caminho de pedras.

Umas vezes o percurso fez-se bem, outras mal. A primeira hipótese é a única.


Aqui chegados, temos, pois, de não perder o norte e de não esquecer, politicamente, como actuar .


O CDS, tendencialmente, sempre que está centrado na sua matriz democrata cristã, tem razão.


Fez, por isso, bem Paulo Portas, no último CN, sublinhar que não há nenhuma deriva de valores e que o CDS está onde diz e escreve que está.

Não há margem para desvios ou equívocos. Somos um partido fiável!

Assim foi quando o CDS, isolado, não embarcou em ventos de ocasião e votou contra as propostas radicais da constituição ainda em vigor. Agora, por força da então maioria, colhemos tempestades.


Assim foi quando se opôs aos desmandos dos governos cavaquistas e socialistas. Foi, na altura, ignorado.


Assim foi quando o CDS votou contra as leis do aborto e demais propostas "fracturantes". Pareceu acantonado.

O País sabe que deve dar relevância às propostas do CDS e que agora a vai dar.


Aos poucos vai confiando, reconhecendo, identificando e há mesmo cada vez mais gente a pensar como nós.

Se para se ter voz é preciso ter votos, para se ter votos é preciso ganhar cada vez mais gente. Somar dentro e fora.

É esta é a nossa oportunidade Portugal!

Disse no último CN do Partido, sem acesso a sondagens, que os nossos adversários nem sonham onde podemos chegar. Agora, semanas depois, corrijo. Eles acordaram e perceberam onde podemos e vamos chegar!


Saibamos, com coerência, estar à altura das nossas responsabilidades.

Já que o tempo tem vindo dar razão e razões ao CDS, continue o CDS a dar razão e razões ao nosso tempo!

24 comentários:

  1. Uma oportunidade para alguém avançar com uma constituição escorreita e uma nova lei eleitoral.
    Deixo simples exemplos:
    -Conjugação com círculos uninominais
    -99 a 180 deputados no máximo e acabar com os votos em manada na AR.
    -Ninguém deve poder concorrer fora do distrito ou concelho onde resida ou exerça actividade regular nos últimos 3 anos. (Válido para autarquias.
    -Todos os concorrentes e eleitos pelo menos para os mais altos cargos, só portadores reconhecidos de bom comportamento moral cívico, e depois submetidos a testes de sanidade mental.
    -Acabar com o exclusivo das ditaduras partidárias na participação e representação política do País, deixando espaço para iniciativas da sociedade civil poderem ter representação efectiva.

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  2. Essa ideia da revisão constitucional é importante mas será que esta legislatura o permite?

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  3. D. Manuel Clemente diz hoje no CM que esta campanha deve ser clara:"Não acho de maneira nenhuma que a questão do aborto esteja resolvida em Portugal, pelo contrário. Temos um preceito constitucional de promoção da vida. A vida é entendida em si mesma como um processo, desdobramento de potencialidades. Portanto, dizer três dias e tal não é legítimo, três meses e cinco dias já é, no outro dia toca o sino já é um dia a mais, não pode ser, é completamente arbitrário.

    - Não é difícil imaginar que nas próximas legislaturas se vai discutir a adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Como vê esta possibilidade?

    - Creio que, como já aconteceu em relação ao casamento de pessoas do mesmo sexo, precisamos de ser claros no que estamos a dizer. É completamente arbitrário o facto de a humanidade se manifestar complementarmente entre masculino e feminino? Se isto é essencial, não é a mesma coisa um casamento entre pessoas de sexo diferente e, naturalmente - é uma palavra que hoje não está muito em moda -, segundo a natureza das coisas, como elas se manifestam, depois terão filhos, e não é a mesma coisa entre pessoas do mesmo sexo, não é. Não sendo a mesma coisa, vai-se usar a mesma palavra? Então as palavras já não querem dizer nada.

    - É apenas um problema de terminologia?

    - Não, depois é um problema jurídico
    "...

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  4. Penso ser a isto que os "angloparlantes" chamam "wishfull thinking".
    É sempre bonito sonhar, mesmo quando o despertar traz o sabor amargo de sempre.
    Bons sonhos :)

    NM

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  5. o sonho comanda a vida. Força!

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  6. Nesse CN que referes, momento de exercício de liberdade e democracia, como era o boletim de voto que a "organização" preparou para os conselheiros votarem livremente e em consciência?

    JAC

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  7. Com esse "corridinho" todo alguém colocou a questão do Comissário Económico, de que a Finlândia pode estragar a ajudinha?
    Abortos para cá e para lá, Constituição, casamentos gay, etc, etc...
    Proponho desde já que o teste à sanidade mental comece logo nos comentadotres deste blogue!

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  8. Essa dos concorrentes aos cargos autárquicos só o poderem fazer nas áreas das suas residências é mesmo da era da globalização, não é?!
    Se alguém mudar de casa para fora do concelho por um imperativo pessoal forte ou fraco, não importa, isso obrigava a pedir a demissão do cargo?
    E se o fulano da oposição juntar os trapinhos com a bonitona do partido no poder, também não deveria obrigar à demissão dos dois?
    Se começam com mais coisas dessas ainda vou votar no Sócrates, juro!!!

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  9. Snr João Baptista Pico, o voto é livre e a opinião também. Mande iniciar o teste á sanidade mental mas não se esqueça que a caridade bem exercida começa no próprio. Sendo que a adulteração do que os outros dizem é a imagem de marca dos soberanos de todas as certezas, e táctica conhecida para matar um debate pela raíz catalogando como refugo qualquer opinião alheia.

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  10. Sendo alguém residente e exercendo actividade para lá do Marão, porque não ir votar no Snr Pico para a Câmara de Abrantes? Pela globalização em toda a dimensão!

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  11. Se eu estivesse a viver para lá do Marão - e PORTUGAL tem milhões de portugueses ou descendentes de portugueses nascidos no rectângulo continental, Açores e Madeira mas espalhados pelo mundo - certamente que poderia ter uma afinidade sentimental igual ou muito maior pelo meu concelho de origem, onde até tinha alguns pedaços de terra ou casa de família, do que um comerciante, um médico, um professor, transferidos para lá ou de que um militar, polícia ou GNR, que por lá foi ficando até à reforma antecipada e agora dizer-se eleitor da terra a que pouco ou nada o liga.

    Em Abrantres, mais de metade das propriedades dos 713 km2 acabam por pertencer a pessoas que não estão a viver permanentemente no concelho.
    Pode propor o que quiser para o desenvolvimnento local e caçar milhões à CE, que o concelho sem a colaboração desses meio ausentes não vai a parte alguma. E o triste, é que os autarcas de uma maneira geral na sua maioria desprezam essa abordagem a esses ausentes. Nunca quiseramn saber se alguns podiam ou não regressar à sua terra de nascimento. Preferem ir gerindo o voto dos velhotes e "chantagiando-os" com o lar da 3ª idade e o posto médico que ainda se vai abrindo. Porque as escolas já fecharam.

    O sistema eleitoral deveria deixar uma porta aberta a esta representatividade de gente com imenso peso, mas que não é ouvida nem achada para nada. Andam uns a mandar nas terras dos outros. Então melhor fora que viessem os espanhóis, não?!

    Adulteração ao que os outros dizem?!
    Mas fui eu que fixei limites a alguma coisa?
    Pela sua ideia, só se podia votar nos gajos da nossa própria rua...!
    E apedrejar os vizinhos das outras ruas...

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  12. O excesso de colocar e especular com intenções na boca dos outros é elucidativo. A ideia da rua é sua. Retiro contudo um pressuposto de considerar, e posso acrescentar ao que efectivamente eu próprio disse, que para além de residentes ou exercício de actividade nos últimos 3 anos, pessoas que sejam proprietários no respectivo território.

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  13. Pessoas que sejam proprietários no respectivo território.
    O meu repúdio pelo que abordou, quanto à limnitação territorial levou-me a extrapolar com toda a pertinência para uma hipótese mais exytremada para vincar o contraditório, facto muito normal num debate. E a alusão à rua fazia a ligação directa com a "comissão de moradores de esquina" do gonçalvismo, que abominei.
    Isto da territorialidade sem os donos da terra só na ficção política deste rectângulo de trafulhice.

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  14. a.marques2:50 da tarde

    Descontei-lhe a pedrada. A trafulhice do rectângulo também passa por os partidos políticos enviarem paraquedistas cabeças de cartaz para onde lhes convém com o único intuito da caça ao voto. O meu repúdio.

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  15. A trafulhice não pode já lá estar antes dos paraquedistas chegarem?
    Quem é que indica os nomes das listas do 3º lugar para baixo?
    Quem manda na distrital? O presidente e o ajudante de campo. Os nomes aparecem sem se saber quem os indicou. Os mais sonsos e os mais amiguinhos do chefe e de preferência ali mais perto da sede distrital. Facilita na logística dos transportes.
    Os 80 ou os 180 não importa muito. Até podiam ser entre 12 a 18, dois a três por cada um dos 6 partidos mais votados. O partido mais votado ganhava um "joker"!
    E discutiam tudo nos partidos. No Parlamento era só ler os rascunhos trazidos das sedes partidárias e votar.

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  16. a.marques8:43 da tarde

    Gostaria que me informassem se cortaram uma transcrição minha de uma notícia que vi num jornal, e que vinha na sequência do debate mantido. Tenho a impressão que chegou a entrar. Muito obrigado.

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  17. O problema dos direitos de autor...?!

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  18. Ficou claramente explícita a fonte. Gostava de saber objectivamente qual é o problema. Na duvida, adeus.

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  19. caro a.marques

    ninguém cortou nada. nunca o fizemos aqui no blogue. pode voltar quanto quiser.
    carlos furtado

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  20. Admitindo que tenha sido lapso meu, muito obrigado pelo esclarecimento. Vou repetir a transcrição que afinal não terá chegado a entrar:

    Entidades só foram constituidas depois
    Estado adjudicou contratos a empresas que não existiam
    por Lusa27 Abril 2011

    Dezenas de entidades públicas assinaram nos últimos anos contratos por ajuste directo no valor global de cerca de 800 mil euros com empresas que ainda não tinham sido constituídas, revela o novo serviço online Despesa Pública.

    O site Despesa Pública (www.despesapublica.com), anunciado hoje, foi lançado por um grupo de cidadãos no Dia da Liberdade, 25 de Abril, com o lema "Saiba onde, como e por quem é gasto o dinheiro dos contribuintes".

    Cruzando dados oficiais da criação de empresas e dos ajustes directos (sem concurso público), o site permite chegar a "alguns resultados bastante curiosos e de carácter duvidoso", nomeadamente de contratos e adjudicações feitos por entidades da administração central, regional ou local a empresas ainda inexistentes ou criadas pouco dias antes.

    A maior parte dos casos de adjudicações a empresas ainda não formalmente constituídas refere-se a contratos feitos com revisores oficiais de contas (ROC).

    O caso extremo é o dos Serviços Municipalizados de Abrantes, que terão adjudicado uma prestação de serviços a uma sociedade ROC mais de um ano e meio (606 dias) antes de esta ter sido criada.

    Também a Direcção Geral dos Impostos terá adjudicado a compra de uma envelopadora por 14.450 euros a uma empresa que só foi constituída 15 dias depois.

    O Ministério da Defesa terá assinado um contrato de 9.160 euros para o fornecimento de material de combate a incêndios por uma empresa que só terá sido constituída 11 dias depois.

    A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa terá contratado o fornecimento de 50,7 mil euros de material elétrico a uma empresa constituída três dias depois.

    Os 30 casos referem-se apenas à data de publicação da adjudicação, mas há mais algumas dezenas de contratos assinados antes de as empresas terem sido constituídas e publicados só depois.

    A equipa do site Despesa Pública reconhece que, "por vezes", a informação recolhida "não está 100 por cento correta", pelo que apela à colaboração de todos na sua validação.

    Para testar o novo serviço, a Lusa fez algumas pesquisas directamente nos sites do Governo que servem de fonte ao Despesa Pública (www.base.gov.pt e http://publicacoes.mj.pt) e verificou que são iguais, pelo que, a haver engano, será de alguma das bases de dados.

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  21. Em nenhum momento ou mesmo simples vírgula das minhas intervenções anteriores contrariei ou deixei implicita tal interpretação relativamente ao que o Snr João Baptista Pico agora diz no comentário antecedente.

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  22. A confusão e o equívoco foram todos seus, a fazer fé nas razões que Carlos Furtado apresentou e que tenho como sérias.
    A alusão aos SMAS de Abrantes dava pano para mangas...

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  23. a.marques2:21 da tarde

    Já admiti e deixei bem escarrapachado que em relação á não publicação, o equívoco possa ter sido meu. Pelo que ao pretender sorrateiramente fazer analogia e contraponto com a minha seriedade não passa de mais uma deriva especulativa e gratuita da sua parte. Ao Senhor Carlos Furtado que fez o favor de me esclarecer já tansmiti a minha posição a esse propósito. Pelo que lhe aconselho a mesmo tardiamente não se meter onde não é chamado. Quanto ao SMAS de Abrantes não fui eu que disse e nada tenho a ver com isso.

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  24. JAC com tantos comentarios parece que perdi a oportunidade de te responder...
    abraço
    JGG

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