quarta-feira, março 30, 2011

SOCORRO, alguém que nos acuda!

Este meu post é um pedido de desculpas, em primeiro lugar.

Acabo de assistir atónito ao "Negócios da semana" na SIC. Estiveram presentes o Juíz jubilado do Tribunal de Contas, Carlos Moreno, e o auto-demitido Dr. Avelino de Jesus, da Comissão de Análise das Parcerias Público-Privadas. Recomendo vivamente a quem não viu que o procure nas páginas de internet da SIC. E recomendo a quem tem dinheiro que o tire dos bancos portugueses.

O Dr. Avelino de Jesus terminou o programa afirmando, serenamente, que não há qualquer dúvida que Portugal não vai poder pagar toda a sua dívida. Até aqui, de acordo, eu próprio já o tinha afirmado.

O PROBLEMA É QUE ELE AFIRMOU, SERENAMENTE, QUE NÃO PODEREMOS PAGAR ENTRE 30 E 50% DA DÍVIDA ACTUAL.

Perante isto, resta-me pedir desculpas aos meus eventuais leitores. Estive, até àquele momento, a navegar num reino, perdão numa república imaginária que pensava ser a minha. Não é. Com muita pena, perante o que esta nova realidade significa.

Em segundo lugar, quero gritar que o REI VAI NÚ. Perante isto, perante os números que os dois participantes avançaram ou deram a entender que ainda pairam sobre nós, só resta uma conclusão:

TEMOS SIDO GOVERNADOS POR INEPTOS, ALGUNS DELES CERTAMENTE CRIMINOSOS.

Já não há mais nada a salvar. Apenas temos que assumir que fomos enganados, EXIGIR URGENTEMENTE A INVESTIGAÇÃO E EXPOSIÇÃO DOS MONTANTES REAIS DA DÍVIDA, incluindo tudo quanto sejam empresas da orla do Estado.

E pedir, humildemente, SOCORRO, a quem tiver a bondade de, ainda, nos querer socorrer. Sem quaisquer condições. Digam o que querem, como querem, quando querem, que a gente só pode agradecer. Comprem-nos, ocupem-nos, façam o que acharem que deve ser feito. Nós, pelos vistos, não temos capacidade para nos organizarmos.

É possível um Portugal melhor. É. Mas só se houver alguém, fora de Portugal, que queira.

4 comentários:

  1. Digamos que para os portugueses a busca de D.Sebastião nunca passou de moda...

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  2. Eu não estou a pedir a D. Sebastião para vir; o que estou é a dizer que morreu e a pedir a um estrangeiro - um qualquer, aliás, alemão, angolano, brasileiro, chinês, qualquer um - que venha, se tiver coragem, que a gente agradece!

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  3. Percebo.
    No FT sugeriram já que o Brazil anexasse Portugal.Percebi que esta sugestão tinha ferido sensibilidades...

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  4. Certamente.
    Imaginaria encontrar essas sensibilidades nos corredores, restaurantes e instâncias onde se movimentam as pessoas do poder actual, futuro e passado...

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