Conheci em tempos um engenheiro que, com o seu sentido prático, sempre começava a ler uma nova lei pelo fim, ou seja, pelas excepções. Como dizia, as leis eram feitas por políticos e estes costumavam guardar no final algumas excepções para si próprios ou seus interesses. Justificavam-se estas com uma máxima que alguém inventara e segundo a qual era a excepção (ou será exceção?) que confirmava a regra.
Porém, em tempos de necessidade de forte redução do défice, fazer excepções na distribuição dos custos/sacrifícios, não é confirmar qualquer regra. É, tão só, matar a regra. E matá-la, desde logo, nos seus fundamentos, criando um sentimento de injustiça social e de revolta.
Com os orçamentados cortes salariais foi um ver se te avias na coisa pública para tentar (e por vezes conseguir) tornear a questão, desde o homenzinho dos Açores até aos meninos da TAP. Todos estes malabarismos só nos dizem que, na gestão da coisa pública, continua a não existir a consciência do problema e a pensar que tudo deve continuar a ser resolvido pelos outros e com a receita do costume (+ impostos, - pensões).
Houve até um Juiz que veio a público declarar que a medida só seria aceitável se igual corte fosse feito nos salários dos privados. O pobre coitado ainda não percebeu que o salário da pública se inscreve do lado da despesa e o da privada do lado da receita.
Com as SCUT a coisa ainda é mais gritante. Primeiro a factura veio só para o Norte. Depois fizeram-se umas excepçõesinhas um função da residência, qual poeira para os olhos dos nortenhos.
Agora foram os transportadores. Bastou um pequeno businão e pimba, mais umas tantas excepções. À custa do nosso dinheiro. Como sempre, pois claro.
A ver vamos o que a oposição hoje dirá!
Onde está o sentido de estado, e de responsabilidade deste governo? Quando os políticos irão começar a ter algum respeito pelo nosso dinheiro e cuja gestão lhe confiamos?
A ver vamos também quem vai pagar o IVA dos pobres golfistas...
ÁS TRÊS PANCADAS
ResponderEliminar1-O País não é o recreio da primária da Timpeira, Mija no Vaso.
2-Com que cara se apresenta em Bruxelas depois de tentar enganar-Nos e enganá-Los.
3-Definitivamente esclarecido se o PS reconduzir este homem.