sábado, março 12, 2011

As manifs de hoje

O dia de hoje mostra essencialmente a saturação que vai atingindo as pessoas, em especial os jovens. Claro que num movimento como este que defende um grande número de medidas não é possível concordar-se com todas. Mas o que me agrada ver é que existe gente com vontade de participar e sem querer baixar os braços perante as evidências.

Uma das grandes questões com que os jovens de hoje se debatem é claramente a falta de empregos e acima de tudo de emprego para a vida. Essa certeza fez parte de uma geração que não a minha mas ainda assim acabamos por ser contemplados com um mercado de trabalho mais vasto do que hoje existe. Mas quanto a emprego para a vida é mais uma questão de mentalidade pessoal e de comodismo das pessoas, mentalidade que não é fruto de uma geração mas de uma sociedade europeia claramente resistente à mudança.

A vida faz-se com estabilidades e mudanças, mas para isso é preciso capacidade de sofrimento e de luta. Saibamos todos nós adaptarmos aos tempos que vivemos.

1 comentário:

  1. TRONCOS DE ÁRVORE NA CABEÇA
    Queixaram-se muitos comentadores encartados verdadeiras aparas do sistema, entre outros mimos da falta de nexo e de precisão do manifesto e do irrealismo de alguns propósitos. Que raio de exigência para com a espontaneidade de um grito traduzido em impar, civilizada e exemplar manifestação colectiva de cidadania e civismo. Hipócrita preocupação, quando sistematicamente se deixam passar em claro as proposições manhosa das campanhas eleitorais vertidas nos programas partidários e das promessas governamentais sempre desmentidas pela prática. Esta gente, viciada e tolhida pelos ecos da voz oficial, olharam para a árvore e só viram tronco em bruto, não percebendo ou fingindo não perceber que a partir daí se podem escrever livros e esculpir obras de arte. Em vez disso quiseram atirá-lo ansiosamente para a fogueira do seu inverno cerebral. A grande lição passou-lhes ao lado, como a coisa simples de que a manifestação e representação política não pode impunemente continuar açambarcada pela exclusividade partidária.
    A este propósito deprimente o debitar de Pedro Marques Lopes no Eixo do Mal, brilhante a participação de José Adelino Maltez em debate também na SIC.

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