Hoje no Público, e com eco nos telejornais, as primeiras páginas são preenchidas com a vida laboral dos Jovens em Portugal. Isto a propósito da musica dos Deolinda que dramatiza a forma como os jovens entram no mercado de trabalho.
A lógica presente tem mais ou menos esta sequência:
Que país é este que tem a juventude mais instruída desde que há memória e essa juventude ou não tem trabalho ou tem trabalho precário (palavra muito querida à esquerda e que significa que não existe contrato definitivo de trabalho).
Depois a coisa é dramatizada com uma série de exemplos que sustentam este fado. Uma ou outra vez são expostas soluções pontuais, invariavelmente com o papel do Estado muito presente quer directamente quer via subsídios ou usando as leis como “arma”.
Nem uma linha para os jovens que empreendem. Nem uma linha para a inovação e criatividade.
Basicamente este é o nosso fado. E os Portugueses gostam de ouvir fado.
Vivemos num enorme equívoco. Achamos que o que nos está a acontecer é resultado de uma força exterior maldosa, não muito bem definida. Custa-nos a perceber que quando não criamos riqueza ficamos mais pobres.
À mistura o famoso conceito do emprego precário. Mas não será todo o emprego precário? Se o emprego é para a vida como diz a lei o mesmo não acontece às empresas. Não se criam empregos produtivos por decreto.
Por fim o estado, que nos trata mal, não cumpre os seus compromissos mas que os Portugueses continuam a confiar. O Estado que teima em ser rico num pais que não produz riqueza.
O caminho é difícil e a vida dos Jovens de hoje é ainda mais dura em muitas situações. Mas há uma coisa que me parece evidente. O caminho não pode estar suportado no Estado e nos seus subsídios. O caminho tem de passar por mais iniciativa e mais criação de riqueza. A primeira coisa óbvia é que temos de trabalhar mais. A segunda é que temos de o fazer na iniciativa privada. E a terceira é que vamos viver a ganhar pouco o tempo necessário a sermos competitivos.
Pensar que alguém que não nós próprios nos vai resolver os nossos problemas é continuar nesta ilusão e neste equívoco. Aparentemente é isso que continuamos a fazer.
Quando a economia não cresce, o emprego também não.
ResponderEliminarQuando a instrução cresce mais que a economia, aumenta a frustação do jovem instruído.
FRF