Nos últimos dias está muito na moda louvar “a Deolinda” e a música sobre a geração “parva” que alegadamente anda agora a amargar os desatinos das gerações anteriores (ver artigo do Rui Tavares, no Público). Não me impressiona nada este lamento, pois evidentemente que desde sempre toda a gente sofre as consequências dos actos e omissões dos antepassados.
Em todas as épocas há tempos bons e tempos piores. Cada geração tem a sua circunstância. Não sei o que se pode comparar. Eu não combati em África como a geração anterior mas o tempo da minha formação foi muito pior do que o das gerações seguintes. O Rui Tavares pode ter como certo que o ambiente dos seus primeiros vinte e cinco anos de vida foi muito melhor do que o da minha geração. Fica a coisa ela por ela.
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