sexta-feira, janeiro 28, 2011

Ordem dos Engenheiros contesta criação da Ordem dos Engenheiros Técnicos

A Ordem dos Engenheiros foi surpreendida com a decisão da Assembleia da República, de 21 de Janeiro de 2011, de criar a Ordem dos Engenheiros Técnicos sem ter procedido à audição de outros parceiros e entidades relevantes, nomeadamente a Ordem dos Engenheiros.
O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros manifesta a sua total discordância com a criação de outra Ordem Profissional na actividade de Engenharia, contrariando o disposto na Lei 6/2008, de 13 de Fevereiro que, no n.º 4 do artigo 2.º, estabelece que a cada profissão regulada apenas pode corresponder uma única associação pública profissional, incompreensivelmente fundamentada no pressuposto de que “a profissão de engenheiro técnico é autónoma”.
Esta decisão é tanto mais estranha, porquanto, desde 2007 e reiteradamente, a Ordem dos Engenheiros se disponibilizou junto da Assembleia da República e do Governo para resolver as implicações do “Processo de Bolonha” e o novo enquadramento da actividade dos profissionais de Engenharia.
A Ordem dos Engenheiros, com um historial de serviço público de 75 anos, que representa cerca de 45.000 Engenheiros, continua responsavelmente empenhada em assegurar o seu contributo para o desenvolvimento do País, num quadro de grande exigência de qualidade e respeito profissional.
Ciente das exigências de uma profissão de confiança pública, a Ordem dos Engenheiros nunca pactuará com soluções desajustadas, mormente as que pretendem induzir na sociedade a falsa necessidade da existência de uma nova Ordem no mesmo espaço de actividade da Engenharia.
Coimbra, 24 de Janeiro de 2011
O Conselho Directivo Nacional

5 comentários:

  1. Luís Azeredo11:01 da tarde

    Sempre acharam que os engenheiros técnicos eram engenheiros de segunda classe e agora opõem-se a que tenham a sua própria organização profissional. O ideal seria considerá-los "agentes técnicos", como no tempo da ditadura, não era?

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  2. Pera lá que o Sócras é inginheiro de primeira...aposto que criaram esta Ordem para que ele lá se pudesse inscrever.

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  3. Assim já podem meter o sócrates na ordem...
    FRF

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  4. Declaração de interesses: Licenciado em Engenharia pela FEUP, desde 1978, orgulhosamente NÃO membro da Ordem dos Engenheiros.

    O que me surpreende (ou nem por isso) é que passados já 36 anos sobre o fim do regime que (entre outros) tinha como um dos seus pilares fundamentais o corporativismo, ainda sobrevivam as velhas "ordens" com cheiro a fénico e naftalina e outras novas se queiram formar.

    A OE não representa 45.000 Engenheiros, poderá isso sim, ter 45.000 Engenheiros inscritos COERCIVAMENTE, desde que conseguiu (creio que em 1992) fazer aprovar pela AR um parágrafo nos seus estatutos onde se arrouga o direito de afirmar que: "Apenas podem utilizar o título e exercer a profissão de Engenheiro os membros inscritos desta ordem" (cito de memória).

    (Vá lá que o ACP ainda não se lembrou de usar a mesma técnica...)

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  5. Carlos Almeida10:10 da tarde

    Concordo plenamente com AM

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