terça-feira, janeiro 25, 2011

Comprar dívida... ou não

Eis a questão.

Aqui, no Público, finalmente o que pode vir a ser uma boa notícia sobre a dívida soberana.

É que, pelas razões que explico noutro post mais abaixo sobre a "venda de dívida", quem comprar dívida nos mercados quando estes "desconfiam" da taxa de juro negociada no momento da emissão, ou seja "quando a taxa de juro está a subir nos mercados", compra 100 euros por menos do que 100 euros... o que quer dizer que "poupa" a diferença.

Daí que isso permita uma reestruturação encapotada da dívida, que é como quem diz, "obriga" os investidores (especuladores) a perderem essa diferença na dívida que detêm ou a aceitarem a "descida" da taxa de juro até valores perto da taxa de juro da emissão - quando a obrigação volta a ter o valor facial.

Isto, claro, na condição de se encontrarem financiadores a melhores taxas de juro. Daí que se fale no fundo europeu.

Veremos; mas seria certamente uma forma de defender o euro e de explicar aos "especuladores" que a moeda única tem mecanismos de defesa "solidários".

Outro assunto é o das consequências que uma tal compra tem; não apenas na eventual "perda" do BCE referida na notícia, mas sobretudo nas "transferências fiscais" que as compras implicam, na medida em que a nova dívida seja a juros "subsidiados", i.e., inferiores aos do mercado...

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