quarta-feira, outubro 13, 2010

SINGULARIDADES LUSITANAS

Perguntado sobre o que é que vai significar para Portugal a presença no Conselho de Segurança da ONU o Secretário de Estado João Gomes Cravinho desabafou de forma bem portuguesa: “uma carga de trabalhos grande”. Nem mais nem menos, foi isto a primeira coisa que lhe veio à cabeça. Podia ter ousadamente teorizado sobre o modo como Portugal poderia contribuir para um novo modelo de relações internacionais dada a sua peculiar e muito própria forma de ver e de estar no mundo e duas ou três ideias sobre o Brasil, os Palop´s e a vocação atlântica, mas isto seria pedir demais ao governante português (a este ou outro qualquer dos nossos tempos). Conquistado o prémio o problema agora é a malfadada “carga de trabalhos”. Note-se que ele estava satisfeito, não parecia desanimado, mas a resposta é bem elucidativa das nossas idiossincrasias.

2 comentários:

  1. Isto o que interessa é o "estatuto" internacional, não a competência ou a capacidade para exercer os cargos. Mas fico feliz por saber que de vez em quando ainda saem umas verdades da boca dos nossos governantes...

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  2. uma falta de sentido de Estado. É como é !

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