quarta-feira, agosto 11, 2010

NEM 8 NEM 2666

À falta de assunto corre por aí uma pequena polémica de Verão acerca do Roberto Bolano. Não percebo porquê.
Gostei mais de “Os Detectives Selvagens” do que do “2666” mas em todo o caso, a falta deve ser minha, não fiquei devoto de Bolano. “2666” é uma obra desnecessariamente extensa e demasiado delirante e virada para o umbigo do autor para merecer ficar no meu panteão. Talvez a culpa seja do mescal.
Seja como for, há também partes fantásticas e deliciosas que li com gosto e a obra perde naturalmente sentido se não for lida até ao fim. Cada vez mais me preocupo com a falta de tempo para ler o que quero e o que devo, pelo que não sou nada a favor de insistir numa leitura penosa apenas para levar um livro até ao fim mas, apesar de tudo, não dei por mal empregue a longa dedicação a Bolano.
A verdade é que, perdoe-se-me a opinião, Bolano não merece a discussão nos termos exaltados em que está a ser feita. Não me posiciono em nenhuma das trincheiras. Atribuo o tema e o empenho dos gladiadores à época do ano mas se é para discutir livros e autores, vivos ou mortos, estou em crer que haverá outros porventura mais interessantes para entreter o ócio dos eruditos.

4 comentários:

  1. Estou na mesma: gostei muito mais de 'Os detectives selvagens' que de '2666'. Mas, ao contrário, fiquei um indefectível de Bolaño. Para os que ficaram como eu, fica aqui um aviso: comprei entretanto o 'Terceiro Reich', que levei para férias. Estava a achar fantástico quando de repente a edição passava da página 128 para a 166. Cuidado com as compras. Ernesto

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  2. Enganaram-se a numerar as páginas. Não te prendas aos detalhes...
    Um abraço
    JAC

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  3. Ou então é por isso que os críticos dizem que a obra é, entre outras coisas, surrealista: ninguém deu pela falta das 38 páginas.
    Abraços. Ernesto

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