segunda-feira, agosto 30, 2010
Cigano é o outro
O « Expresso » do último fim-de-semana dá notícia de mais um caso de um investimento de dinheiros públicos (perto de um milhão de euros) numa empresa privada ( Construtora Leirislena) que viria a falir dois meses depois. Um remake do que há tempos se passou com uma outra empresa em Trofa.
Entretanto, o IAPMEI, instituto público que pilotou mais este desastre, encolhe os ombros e explica que a culpa foi da empresa que não teria cumprido aquilo a que se havia comprometido.
Ainda o mesmo “Expresso”, mas agora no seu suplemento “Economia”, demonstra como é que o Estado procede a manobras de desorçamentação manipulando a gestão do seu património imobiliário através da venda dos edfícios onde funcionam os seus serviços, para de imediato os tomar de aluguer. Deve ter-se inspirado naquela venda dos CTT em Coimbra.
Há dias tivémos a informação de que a despesa do Estado aumentou 6% desde Janeiro, apesar dos PECs, dos discuros e das mãos no peito a garantir rigor. Não sei se os 12 motoristas do gabinete do “engenheiro” ajudaram ou não para aquela derrapagem.
Tudo isto transporta consigo o odor fétido da degenerescência de um regime, mas parece que uma parte dos nossos concidadãos pôs uma mola no nariz ou se encharca em água-de-colónia pela manhã, para não se dar conta do descalabro nacional.
De cada vez que o Estado incha, à conta dos nossos impostos, há uma nova vaga de sanguessugas a chupá-lo e de regabofe em regabofe, nesta dança do incha-ali e rouba-acolá, é o respeito por nós próprios que se vai escoando na hemorragia.
Entretanto, vão-nos distraindo com rixas de ciganos. O truque é velho: cigano é o outro.
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