domingo, junho 13, 2010

O centro do Porto, o Porto no centro

Este fim de semana "vivi" no centro do Porto. Na sexta à noite depois de um animado jantar com amigos o destino foi os bares da Galeria de Paris e Cândido dos Reis. Não estavam a abarrotar, sinal da crise ou talvez não mas sim de uma cidade que se mudou por uns dias para outras paragens. Percebe-se que os bares que ali abriram criaram públicos novos, uma nova centralidade da "movida" portuense e claro está dinamizaram a zona. Mais acima o Piolho, com um público mais jovem, com uma esplanada toda "catita" continua a marcar pontos. Outrora local de encontro diurno, hoje quase deve funcionar 24 horas.

No sábado, depois de uma noite bem dormida e uns guronsans pela manhã, o centro da cidade voltou a ser o meu destino. Feira do livro e mercado Porto Bello. A Avenida dos Aliados apresenta boas condições para receber um evento como este. Tem bons acessos, existem muitos cafés de apoio ao certame e mesmo a leve inclinação da avenida não é um problema. E desta vez não chovia, pois é tradição da feira e minha nem se fala. Muita gente e a comprar, o que noticias deste fim de semana acabaram por comprovar ao anunciarem vendas recorde. Passei pelos bares que umas horas antes tinha visitado agora com esplanadas mais sossegadas, e cheguei a Porto Belo. Aqui descobri caras amigas e peças que me fizeram fazer uma viagem no tempo. Discos em vinil, máquinas fotográficas antigas mas a funcionar e uma faca de mato a recordar-me os tempos de escuteiro.

Esta breve descrição da minha vida, mais não é do que a prova da existência de uma cidade que mexe, de uma cidade que se encontra no seu dia a dia, com esforço é certo, mas que vai fazendo o seu caminho. E apenas precisa que a CMP vá cumprindo o seu papel de zelador e regulador, sem ser interventivo.

Basta recordar que no fim de semana passado a animação da cidade começava em Serralves, passava pela Casa da Música e estendia-se a Miguel Bombarda.

O centro do Porto mexe e o Porto pode ser o centro de mexidas. Basta querer e deixar de viver espartilhado em queixumes.

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