sexta-feira, abril 16, 2010

O DITADOR LOUÇÃ E O PARTIDO DO SEU REGIME

O Francisco Louçã e o BE são a vergonha da classe política em Portugal. A um processo por difamação e calúnia que Paulo Teixeira Pinto moveu contra ele, o BE veio classificar como "uma ameaça sem significado e inaceitável, que pretende limitar a liberdade de expressão".

A queixa em causa tem por base uma iniciativa da Causa Real - o desembarque no Terreiro do Paço e um cortejo nocturno aos gritos de "Viva a Monarquia" – que Louçã comentou como sendo “uma acção patusca promovida por um banqueiro milionário associado ao período do colapso da liderança do BCP”.

Ora, Louçã não só respeita a liberdade de outros cidadãos que não pensam como ele, e ainda por cima acusa quem tem o direito de entrepor uma acção contra ele como uma tentativa de limitar a sua liberdade de expressão.

Mas o cúmulo disto tudo é que, entretanto, escudou-se na imunidade parlamentar para não responder ao processo em tribunal, o que também vem reforçar o significado muito personalista que ele tem da liberdade.

E fala ele em transparência. E critica ele toda a gente mas recusa-se a responder perante outros.

Enfim, é um frustrado porque os tempos dos ditadores e dos regimes totalitários de esquerda na Europa já terminaram, e ele ainda convive mal com isso.

2 comentários:

  1. "Enfim, é um frustrado porque os tempos dos ditadores e dos regimes totalitários de esquerda na Europa já terminaram, e ele ainda convive mal com isso."diz no seu comentário.
    Se Louçã é frustado,provavelmente é.Pelo seu comentário percebo que também o é, senhor comentador.Mas deixe-me dizer-lhe que o que me preocupa é que se os tempos dos ditadores e dos regimes totalitários de esquerda na Europa já terminaram o mesmo não me parece possível dizer dos tempos dos ditadores e dos regimes totalitários de direita na Europa.E isso frusta-me imenso a mim.



    S

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  2. 1. Alguns de nós já aqui consideraram que esta ou aquela personagem era um patusco ou que esta ou aquela atitude era patusca. É isso um insulto?
    2. PTP é um ex-banqueiro milionário? É!
    3. Esteve associado ao colapso do BCP? Esteve!
    4. Vale isso tudo uma acção por difamação? Do meu ponto de vista, não, mas cada um tem a sua própria susceptibilidade.
    Ainda do meu ponto de vista, diria que se a imunidade é um direito então pode ser exercido. E cada um lerá como entender o sentido político desse exercício. Pessoalmente teria preferido responder em tribunal pois seria politicamente vantajoso demonstrar que a interposição dessa acção visava apenas dar protagonismo ao alegado ofendido, até porque não acredito que, se a frase incriminada é a citada pelo AJBarros, houvesse um juiz que condenasse o respectivo autor por difamação.

    Não simpatizo nem perfilho a pessoa e as ideias de Louçã e julgo que as devemos combater e desmontar, mas através de demonstração racional e tentando imunizarmo-nos tanto quanto possível (por muito difícil que isso seja) de uma mera aspereza emocional.

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