terça-feira, março 16, 2010

PSD

Quase todos os comentadores tiveram a mesma opinião:
Que no Sábado se discutiu política, estratégia, o futuro do país.

Lamento não engrossar a lista dos que têm essa visão encantadora do congresso do PSD e peço desculpa a quem se sentir atingido, mas para mim tal evento só mostrou mais uma vez a banalidade das ideias dos sociais-democratas.
O que vi foi um ego desmesurado de candidatos, senadores, barões e militantes de base, sobre o papel do seu partido na sociedade.
Acreditam que foram mais importantes do que realmente foram. E acham que vão ter um papel importantíssimo no desenvolvimento do país só porque são o PSD.
Ora bem, as coisas não são bem assim, nem o PSD é o que julga que é, nem vai fazer pelo país um décimo do que propagandeia.
O que mais me intriga é a convicção que os militantes têm na sua condição de partido de governo, é assim uma espécie de direito divino. Não interessa o que tem que se fazer para lá chegar, mas todos os candidatos disseram que vão ser primeiro-ministro.
Vivem a ilusão que tiveram os melhores governos da nação, não parando um bocado para pensar. Acham que por Sá Carneiro ter sido o único primeiro-ministro com coragem, ele sim fez rupturas e mudou, todo o partido herdou essa qualidade.
Acham que Cavaco fez muito pelo país, esquecendo-se do que poderia ter feito com os recursos que tinha disponíveis. Esquecem, é melhor assim, que muitos dos problemas que hoje temos começaram precisamente no “cavaquismo”. Falam de Guterres como dos anos perdidos, e é verdade, mas nunca lembram a herança que deixou o actual presidente da república.
Na minha opinião é precisamente essa convicção de que vão ser governo de qualquer forma que inquina a vontade de apresentar um projecto sólido de futuro.

Ao contrário de muitos, nada no PSD, e nos seus candidatos a líder, me inspira esperança num futuro melhor.

3 comentários:

  1. Caro José Mexia, se tem razão tamos feitos num molho de bróculos

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  2. A meu ver o José Mexia visa muito bem com o comentário que aqui faz. O "se" nesta rabanada de "Douro" revela por si só que "tão num molho de bróculos".

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