quarta-feira, novembro 04, 2009

Bispo do Porto


Já aqui tinha dito que, em minha opinião, o Porto tinha um grande Bispo.

O Senhor D. Manuel Clemente, com a convicção e coragem dos Grandes Homens, toma posição sobre todos os temas importantes.

Serena e discretamente tem envolvido a sua diocese em muito trabalho de organização, de apoio aos mais pobres e idosos, aos desempregados, desinseridos e não tem descurado as tomadas de posição firmes sempre que julga oportuno fazê-lo. E fá-lo muitas vezes.

O discurso público de D. Manuel Clemente bate certo com as obras e assim o Evangelho é posto em prática. É um exemplo para a Igreja!

Desta feita fez um apelo para que seja promovido um debate alargado na sociedade portuguesa sobre o tema dos casamentos homossexuais.

Citado hoje pelo DN diz:
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"Para que a sociedade diga se quer ou não quer secundarizar uma instituição [o casamento] que tem essas características, uma instituição que forma e enforma a sociedade desde que ela se conhece".

Fotografia:
Agência Ecclesia

7 comentários:

  1. Na altura pópria a Ferreira Leite foi deixada a falar para o boneco e mesmo a ser gozada pelo inginheiro.
    Agora será tarde, meu caro, pois que as eleições já eram e a maioria a tanto necessária já lá está sentadinha.
    Cumprimentos,
    Farripas

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  2. TOMAS FORTE1:45 da manhã

    Relativamente a esta temática do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo...chamemos-lhe assim...(embora seja mt mais chique e mais wanna be e até muito mais "fracturante" classificar esta união logo como Casamento GAY)permitam-me que contribua para o debate ou troca de ideias com dois pontos...
    i)parece-me de todo despropositado lançar na conjuntura economico-social que o país atravessa um tema desta natureza,um tema que em vez de unir vai dividir os portugueses...é tempo, hoje, de todos estarmos unidos em torno de outras batalhas sociais, como a pobreza que atravessa o país fora...mas que a muita dessa esquerda berloquiana passa ao lado...porque para elas o mundo começa e acaba em lisboa...na bica, no bairro alto...o Minho,Trás-os-Montes(O que?, onde?portugal?) duas das regiões mais pobres e atrasadas na UE,cada vez mais pobres refira-se,temas como a união entre "paneleiros"( perdoem-me a expressão mas é assim que diz na minha terra) ainda passa ao lado da maioria da população.No entanto essa esquerda urbana e berloquiana insiste em colocar esta tema na agenda como prioritário..."Perdoa-lhes Senhor porque não sabem o que fazem"eu adptaria e diria "Perdoa-lhes Senhor porque não sabem em que país vivem"...
    ii)No entanto,deixo-vos um artigo do Antonio Pinto Leite...Como Católico e Jurista entendo que até ao momento é o artigo mais consistente e lúcido em termos de abertura do debate da união entre dois machos ou duas femeas...
    http://aeiou.expresso.pt/uniao-de-vida-entre-pessoas-do-mesmo-sexo=f500073
    Um abraço de alguém que tem alguns amigos gays, e que tenta cultivar, no dia a dia, a tolerancia, tentando no entanto faze-los sempre ver a beleza e a magia da heterossexualidade...
    Tomás Forte

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  3. Muito importante e justo este post.
    Parabéns ao autor.
    Vou passar cá mais vezes...
    Cumprimentos

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  4. Em absoluto desacordo.
    A declaração de D. Manuel Clemente é hipócrita e lamentável. Hipócrita, porque manifestamente não corresponde ao seu pensamento. Lamentável, porque vem daquele que é, provavelmente, o melhor bispo que o Porto conheceu desde D. António Ferreira Gomes.
    Vamos por partes:
    D. Manuel Clemente, com bons argumentos, com firme convicção, no legítimo exercício do mais inalienável dos seus direitos, é contra o casamento gay. Porque o é, não é favor de um referendo sobre a questão, não a quer ver amplamente discutida e, muito menos, quer vincular-se a dar como bom o eventual resultado de um referendo que viesse a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
    O que se passa é que D. Manuel Clemente não ignora que - como já alguém aqui disse - a questão não interessa absolutamente nada à esmagadora maioria dos portugueses que por ela não deixará o conforto do lar, para ir votar. E aqueles a quem a questão comove são, muito maioritariamente, gente conservadora que votará contra a legalização do casamento gay.
    Deste modo, D. Manuel Clemente não propõe o referendo por amor às escolhas livres do povo ou por amor ao debate do casamento gay. Propõe-no, porque essa é, neste momento, a única via de travar a legalização daquele casamento. Se D. Manuel Clemente admitisse por um momento que o "sim" ao casamento gay podia ganhar o referendo, pronunciar-se-ia terminantemente contra ele. De resto, não sendo a questão nova, se verdadeiramente estivesse empenhado no seu debate, há muito teria feito a proposta que agora faz.
    É nisto que consiste a sua hipocrisia, nessa inconsistência intelectual de declarar querer aaquilo que, de facto, não quer e que propõe apenas no contexto de uma estratégia política.
    D. Manuel Clemente tem, naturalmente, o direito de fazer política e o direito de fazer pronunciamentos em cumprimento de uma estratégia política pré-definida. Eu esatrei sempre ao lado dele, contra quem queira negar-lhe esse direito. O que não tem é odireito de nos tomar por parvos e querer convencer-nos do seu súbito amor aos referendos e ao debate dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

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  5. Referendo? Mas andarão todos distraídos?
    Ainda esta manhã o inginheiro reafirmou no parlamento que o referendo já era, nas urnas de setembro último.
    Só me admira é que o Sr. D. Manuel Clemente, pessoa que considero intelingente, ainda não o tenha percebido.
    Cumprimentos,
    Farripas

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  6. Claro que percebeu, Farripas. É justamente porque o percebeu que fez a sugestão que fez, porque um referendo seria agora a única via de impedir a aprovação de uma lei a reconhecer o casamento dos homossexuais.
    Quanto ao argumento de que os portugueses votaram a favor do casamento dos homossexuais, uma vez que o mesmo constava do programa eleitoral do PS que venceu as últimas eleições, é um argumento recorrente e profundamente estúpido. Como é de meridiana clareza, os eleitores do PS votaram num pacote que globalmente consideraram positivo. Não pode daí retirar-se que deram o seu acordo a todas e cada uma das propostas adiantadas no dito programa. E a prova disso mesmo é que há agora militantes socialistas que por certo votaram no PS e que agora andam por aí em acções colectivas contra a legalização do casamento homossexual. Não sei mesmo se não são a maioria.

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  7. Totalmente de acordo consigo, Sr. Funes, só me parece que peca por tardio.
    E por mais recorrente e estúpido que seja o argumento do inginheiro, o facto é que terá a natural cobertura dos dois partidos comnunistas. O que bastará.
    Mais debates poderão ser sempre bem vindos, mas cheira-me que será pregar no deserto.
    Peço desculpa do pragmatisto, ou pessimismo, se preferir, mas infelizmente, nesta matéria, já não tenho quaisquer féses.
    Cumprimentos,
    Farripas

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