"Eles matam-te, meu filho, e fico sem ninguém" – terão sido palavras deste jaez que a rainha-mãe, D. Amélia, terá dito ao seu filho, o rei D. Manuel II, para o convencer a sair de Lisboa e a refugiar-se em Mafra. Foi o que este fez na tarde de 4 de Outubro de 1910.
Horas antes, este afirmara aos que com ele estavam no Palácio das Necessidades: "Vão vocês se quiserem, eu fico. Desde que a constituição não me marca outro papel senão o de me deixar matar, cumpri-lo-ei".
Obviamente não o cumpriu.
Entretanto, o seu tio, D. Afonso, herdeiro jurado, barricara-se na Cidadela de Cascais, para onde convergiram todos os monárquicos das redondezas, dispostos a dar luta e empolgados pela determinação vibrante de D. Afonso.
Às duas da manhã do dia 5, um encapuçado abandonou a Cidadela, acompanhado de dois outros vultos e sem dar cavaco aos que lá ficavam: era D. Afonso.
Ao fim da tarde do dia 5, as rainhas-mãe D. Amélia e D. Maria Pia, D. Afonso e D. Manuel II embarcaram na Ericeira no iate real. A caminho do Porto, onde era suposto organizarem a resistência? Não! A caminho de Gibraltar.
É possível que hoje uns patuscos se passeiem no Tejo e tentem plantar umas bandeirolas azuis e brancas à porta de algumas juntas de freguesia. Deixem-nos fazer: são capazes de ainda assim valerem mais que aqueles.
Horas antes, este afirmara aos que com ele estavam no Palácio das Necessidades: "Vão vocês se quiserem, eu fico. Desde que a constituição não me marca outro papel senão o de me deixar matar, cumpri-lo-ei".
Obviamente não o cumpriu.
Entretanto, o seu tio, D. Afonso, herdeiro jurado, barricara-se na Cidadela de Cascais, para onde convergiram todos os monárquicos das redondezas, dispostos a dar luta e empolgados pela determinação vibrante de D. Afonso.
Às duas da manhã do dia 5, um encapuçado abandonou a Cidadela, acompanhado de dois outros vultos e sem dar cavaco aos que lá ficavam: era D. Afonso.
Ao fim da tarde do dia 5, as rainhas-mãe D. Amélia e D. Maria Pia, D. Afonso e D. Manuel II embarcaram na Ericeira no iate real. A caminho do Porto, onde era suposto organizarem a resistência? Não! A caminho de Gibraltar.
É possível que hoje uns patuscos se passeiem no Tejo e tentem plantar umas bandeirolas azuis e brancas à porta de algumas juntas de freguesia. Deixem-nos fazer: são capazes de ainda assim valerem mais que aqueles.
Toda a gente sabe que D. Manuel II foi a vida toda um apoucado. Basta ver a triste figura que fez no exílio onde conseguiu dividir os monárquicos que o apoiavam, desautorizar as fantasias de Paiva Couceiro, ganhar fama de gay e participar nesse delírio demente que foi o pacto de Dover.
ResponderEliminarO discurso presidencial (ficcionado):
ResponderEliminarDiscursar não é meu forte
Falar pra nada dizer
Minha sina e triste sorte
Já começa a aborrecer!
Já ando a "reinar" co'a malta
Os meus silêncios notáveis
Falar alto não faz falta
Dizer coisas não fiáveis...
Soi isento e imparcial
E respeito a monarquia
Quero a família real
ao meu lado... neste dia!
Não à discriminação!
DEMOCRACIA é plural!
República é união
Trata a todos por igual!
Se tenho o "rei na barriga"
Uso plural majestático
Sou reizete, há quem diga,
Que tenho porte autocrático!
DEMOCRACIA é que importa
O resto é bem secundário
DEUS é Rei, a Via, a Porta
Para um mundo solidário...
Hoje o silêncio é dourado
Portugal fala mais forte
Respeitemos o passado
Que DEUS nos indique o NORTE!
Cai o pano. Aparece RUI RIO a exclamar: Subsidio este HINO pois diz bem do NORTE, logo é digno de apoios camarários.
Que veia poética! Um verdadeiro rouxinol.
ResponderEliminarSaudações
Que triste referência inicial ao bárbaro assassinato de um Chefe de Estado. E isto dito por mim, que não sou monárquico (mas também não sou republicano).
ResponderEliminarSaiba que hoje estive a ajudar a minha filha a fazer um trabalho para a escola sobre o 5 de Outubro e, na pesquisa que fiz na net, encontrei uma enorme ocultação do assassinato...uma vergonha para qualquer análise histórica...e, quem não deve não teme.
Quando irá a república reconhecer que o seu início foi violento, bárbaro e não democrático?
"Hoje comemoram-se os ideais da República, isto é, a perseguição à Igreja Católica, a censura, a fraude eleitoral, a manipulação de cadernos eleitorais, o assassinato político, as milícias armadas, a revolução permanente, a ingovernabilidade, o regime de partido único (com apêndices) e a decadência económica (a pior década do século XX)."
ResponderEliminarJoão Miranda (Blasfémias)
Caro Douro,
ResponderEliminarJá vi que estamos destinados a discordar amigavelmente. O seu texto é um bocado patusco, deixe que lhe diga.
Não só não corresponde à verdade como está eivado de ideias pré-concebidas que não resistem à mínima análise histórica. Ficará para depois se assim quiser. Mas uma coisa posso já acrescenter, ridicularizar o patriotismo da Família Real é entrar no campo do jacobinismo indigente.
Cumprimentos,
José Mexia
acho que não se deveria vir para aqui com as anormalidades do Mirandinha do Blasfémias.
ResponderEliminara estupidez tem limites e a graçola idiota também.
Caro José Mexia
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário. Julgava ter apenas enunciado factos com a única excepção de ter admitido que alguns dos monárquicos de hoje valham mais que os reais fugitivos de então. Mas estou pronto a afinar o conhecimento de factos desde que o José ou outrém me demonstrem a falsidade dos que menciono. Outra coisa: não contesto o patriotismo da família real de 1910 porque não o confundo com a coragem ou a falta dela. E concordo consigo num pormenor: o jacobinismo é sempre indigente.
Cordiais saudações