terça-feira, setembro 29, 2009

sem futuro!?

Mal se souberam os resultados eleitorais e lá começaram as vozes “ocultas” do PSD a pedir a cabeça do líder. Vozes “ocultas” porque ninguém as vê, nem as ouve quando é importante a mobilização geral do partido tendo em conta um objectivo que deveria ser comum. Mas este é mesmo o grande problema, porque o objectivo não é mesmo comum. O PSD é hoje um partido totalmente dividido e sem uma renovação à vista. Precisava de uma autêntica varridela de balneário. Em tempos, uma pessoa que muito preso dizia-me que existem (por ordem crescente) três tipos de inimigos: “os inimigos, os inimigos de morte e os colegas de partido”. Esta “máxima” aplica-se na perfeição ao PSD. A votação em Gaia é vergonhosa mas elucidativa. O facto de o director da campanha nacional do PSD ser ao mesmo tempo “fiel” amigo do Dr Rui Rio (com legitimas aspirações a ser líder do partido) também revela alguma imprudência. Só falta mesmo o folhetim escutas para ficarmos a saber até onde foi a cabala para derrubar uma pessoa séria e com carácter, mas ao mesmo tempo sem carisma e autoridade para limpar muita sujeira que hoje existe no principal partido da oposição. Pelo menos em votos e deputados. Agora já se fala em Marcelo Rebelo de Sousa, Passos Coelho e muito mais. Infelizmente, mais do mesmo. O PSD não consegue apresentar caras novas e isso poderá vir a ser a sua condenação. Irá aproveitar o CDS este desnorte e passar a representar o centro-direita do País? Duvido. O povo português muda pouco e a prova disso é a votação do “centrão” na cidade do Porto. Como é possível, com os indicadores que a cidade e a região tem – muito por culpa dos governos mega centralizadores do PS e do PSD – este dois partidos reunirem quase 70% dos votos. É a loucura! Realmente quem critica ou é falso ou não vota. Temos o que merecemos. Pelo menos a maioria. Eu votei CDS porque é hoje um partido liderado pelo melhor político e com a capacidade de nos apresentar jovens talentos com conhecimento dos temas e com alguma (ou mesmo muita, em alguns casos) preparação profissional que os fazem ter uma visão política, mas ao mesmo tempo profissional do país. Uma última palavra para a Igreja Católica Portuguesa. Como é possível termos chegado a um ponto em que os principais líderes religiosos do país se calam perante algumas das propostas do PS que são uma verdadeira afronta a religião que supostamente defendem. Ninguém é obrigado a ser católico em Portugal, mas quem é e quem representa a igreja Católica tinha obrigação de fazer muito mais. O seu silêncio é o reflexo de uma sociedade hipócrita que se diz católica, mas ao mesmo tempo liberal. E isso poderá ser o princípio do fim desta religião.
Nuno Ortigão

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