Alberto João Jardim quer que na próxima revisão a constituição da madeira proiba o comunismo como o faz com os sistemas totalitários de direita. Ou seja, Jardim considera o comunismo um sistema totalitário de esquerda. Eu também. Jardim diz no entanto que preferia que a constituição não fizesse referência a ideologias, mas já que refere a direita que refira a esquerda. Eu não, mas o problema é que os sistemas totalitários por norma borrifam-se nas constituições. Pois bem, tenho que concordar no essencial com o que diz Alberto João. É sempre o problema da direita, ou da esquerda. Ou seja, estamos habituados a crucificar quem defende Pinochet mas a assobiar para o lado com os que defendem Chavez. Queremos proibir os partidos de direita no Parlamento Europeu mas achamos folclóricos os esquerdistas radicais que por aí pululam. Aplaudimos quem lutou contra a ditadura mas nunca lembramos os que impediram uma ditadura de esquerda em Portugal.Por exemplo Palma Inácio preconizou e por ela lutou,e barbaramente com o seu LUAR, mas hoje é recordado apenas por ter sido um resistente antes do 25 de Abril, pois tudo o resto lhe é desculpado. Mas é tudo semântica ou sol na cabeça? porque raio a esquerda tem uma espécie de direitos adquiridos que não são permitidos à direita? Porque raio a direita tem sempre medo de usar as palavras como elas são e desfaz-se em jogos de semânticas e de cintura?
Acredito que, nestes e noutros assuntos, o importante é defender sem medo aquilo em que acreditamos. Proiba-se então o sistema totalitário do comunismo.
Lá vou ter que que pensar se fico por aqui - pelo Nortadas - ou não! Ernesto
ResponderEliminar