Nestas noites de Verão vai ser possível, uma vez ou outra, ver a Lua cheia (6 a 8 de Julho, 5 a 7 de Agosto e 4 a 6 de Setembro). E se esta estiver perto da linha do horizonte, vai-nos parecer bem maior do que quando a vemos no céu alto.
Trata-se obviamente de uma ilusão. Nem a Lua muda de tamanho, nem nós a vemos maior ou menor. O que acontece é que quando ela está perto da linha do horizonte o nosso campo de observação, quando a olhamos, abrange certos objectos da Terra, sejam árvores, casas, montes ou uma linha de água, e isso dá-lhe um termo de referência que a “engrandece”. Pelo contrário, quando temos de levantar bem a cabeça para a ver no zénite dos quase 180° do universo visível, ela está lá “perdida” nesse negro imenso, só, sem comparação possível com qualquer outro objecto que nos seja familiar. E, portanto, parece mais distante e mais pequena.
Se me permitirem a transposição desta experiência para a realidade política da iminente “silly season”, diria o seguinte: a oposição que se desiluda se julga que a deliquescência do governo PS “engrandece” a imagem que o eleitorado faz das alternativas possíveis. Pode dar essa impressão, mas as impressões são voláteis.
O eleitor de 27 de Setembro avaliará com rigor nesse momento se, entretanto, as alternativas arrumaram verdadeiramente a casa e se varreram bem à porta, rompendo com os vícios antigos, chamem-se eles submarinos, fotocópias, casinos, sobreiros, loureiros ou jardineiros.
Por muito que o governo PS pareça estar a ajudar, há ainda muito trabalho pela frente e muito sheltox e coragem a usar para que a alternativa democrática se apresente credível. Temos muito trabalho de casa.
É que além do mais, a Lua está pouco tempo perto do horizonte.
Trata-se obviamente de uma ilusão. Nem a Lua muda de tamanho, nem nós a vemos maior ou menor. O que acontece é que quando ela está perto da linha do horizonte o nosso campo de observação, quando a olhamos, abrange certos objectos da Terra, sejam árvores, casas, montes ou uma linha de água, e isso dá-lhe um termo de referência que a “engrandece”. Pelo contrário, quando temos de levantar bem a cabeça para a ver no zénite dos quase 180° do universo visível, ela está lá “perdida” nesse negro imenso, só, sem comparação possível com qualquer outro objecto que nos seja familiar. E, portanto, parece mais distante e mais pequena.
Se me permitirem a transposição desta experiência para a realidade política da iminente “silly season”, diria o seguinte: a oposição que se desiluda se julga que a deliquescência do governo PS “engrandece” a imagem que o eleitorado faz das alternativas possíveis. Pode dar essa impressão, mas as impressões são voláteis.
O eleitor de 27 de Setembro avaliará com rigor nesse momento se, entretanto, as alternativas arrumaram verdadeiramente a casa e se varreram bem à porta, rompendo com os vícios antigos, chamem-se eles submarinos, fotocópias, casinos, sobreiros, loureiros ou jardineiros.
Por muito que o governo PS pareça estar a ajudar, há ainda muito trabalho pela frente e muito sheltox e coragem a usar para que a alternativa democrática se apresente credível. Temos muito trabalho de casa.
É que além do mais, a Lua está pouco tempo perto do horizonte.
Muito bonito, até poético, realista e certeiro, quase científico. Porém, a lua também tem a sua face negra, invisível para nós. Na política essa alternativa (rosa? laranja?) não tem ajudado e seguramente não ajudará. Ok, o resto não conta? Mas o que conta, serve para alguma coisa?
ResponderEliminarEnfim, mais do mesmo ou revolução outra vez com o sol, em vez da lua, para um amanhã que canta?
Bem-vindo, Zé Luis. Como diz no seu perfil, desalinhado mas sempre correcto. Obrigado!
ResponderEliminarO sol desta democracia anda muito baço... quem sabe se nova luz se possa colher de uma lua romântica, quase utópica, mas bem mais democrática!
ResponderEliminarO país já está farto de reis-sol do centrão!
Às vezes penso que se os pequenos (!) crescessem, os grandes (!) ficariam mais inibidos
de praticar certos actos...
de repente lembrei-me de uma história sobre uma luz verde...ou seria um raio..
ResponderEliminarUm dia falaremos desse raio verde, Purita.
ResponderEliminar