sexta-feira, junho 05, 2009

Populismo estalinista

Da nomenclatura dos chavões políticos, surgiu no horizonte uma nova forma de fazer política.
Não se trata de populismo puro e duro. Há ali algum conteúdo. Fraco, mas há. Também não é o populismo dos caudilhos... o seu protagonista não engana nem convence ninguém. Também não é o populismo típico de direita... até porque o mentor é da esquerda profunda. Também não é o populismo das promessas fáceis... defende-se um aumento da carga fiscal com a criação de um novo imposto. Também não é o populismo das propostas eleitoralistas... porque, pura e simplesmente, não faz propostas.É o populismo, isso sim, da contundência insultuosa e arrogante das palavras, como bem o revelam os dois grandes happenings desta campanha, a saber: o momento Maizena e o da trupe do BPN. Curiosamente, tais expedientes não tiveram eco no opositor. Ao labéu gratuito e ao insulto chão de Vital, Rangel opôs uma atitude serena, digerindo e processando tais epítetos e devolvendo ao remetente, em dobro, o efeito pretendido. Aliás, Sócrates, o profissional da política, foi obrigado a vir a terreiro apagar as trapalhadas do seu candidato. Do qual diz "não se envergonha". Mas desenganemo-nos, Vital foi, apesar de tudo, vital para Sócrates. Diria mesmo que foi de uma utilidade providencial. Como? Ao fazer as despesas do Primeiro-Ministro e recorrendo às técnicas da verrina de sabor estalinista corporizada no vitupério da "roubalheira". Julgando que iria furtar alguns votos ao adversário. Porém, nada de mais errado, pois tudo se passou de molde bem diferente. Na realidade, durante a campanha eleitoral, acentuaram-se duas grandes tendências: a percepção de que Vital é um candidato cansado, amorfo e que Rangel possui o dinamismo de quem tem novas ideias, novos rumos.Espero bem, pois, que este nóvel populismo estalinista, vá morrer como nasceu, às mãos do seu mestre Vital e do seu senhor, Sócrates. No próximo dia 7.

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