sexta-feira, maio 01, 2009

O Sapo

Há um história engraçada (que não sei se tem validade cientifica) segundo a qual um sapo que é atirado para água quente reage saltando para fora dali enquanto que se for mergulhado em água á temperatura normal e essa água for sendo aquecida até ferver, o mesmo sapo morre cozinhado.

É uma boa metáfora para o que está a acontecer com o ataque às nossas liberdades individuais. A água vai sendo aquecida lentamente e nós não reagimos e vamos lá ficando.

Um belo dia estamos cozinhados, com as nossas contas bancárias na praça pública e tendo de provar inocência perante qualquer acusação que nos façam (o que já acontece com dívidas fiscais). Ou mesmo em coisas mais pequenas que a propósito de uma qualquer regulação nos é imposto um comportamento ou uma escolha.

Um belo "claim" de campanha volta a ser o de reclamar pela liberdade. Não a liberdade perante algo que deixou de existir há 35 anos atrás, mas liberdade para ter privacidade, para viver como queremos, para inventar o que nos possa apetecer.
Só espero que não seja tarde demais...

3 comentários:

  1. Confesso que não consigo perceber, qual é o problema de o estado pedir para eu justificar como comprei a minha casa ou o meu carro.
    Quem não deve não teme.

    Antonio Rodrigues

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  2. João:
    Tens toda a razão.
    O António Rodrigues não se importa de ter que justificar.
    Eu, apesar de "não dever e não temer", acho que não tenho nada que justificar ao Estado os meus actos privados.
    Se eu fizer um crime, o Estado que o prove e me condene.
    Se não conseguir provar, que me deixe em paz. Não lance é sobre mim o ónus de ter que lhe explicar tudo o que faço, mesmo que ele não consiga provar que é ilícito.
    São concepções diferentes. Mas não haja dúvidas que o Estado a meter o bedelho na vida privada dos cidadãos não nos leva a nada de bom...basta ver o que se passou nos regimes totalitários de esquerda e de direita...
    Cumprimentos
    Pacífico.

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  3. Então continuemos a "viver neste velho e obsccuro armário a que se chama portugal", para usar uma expressão de Eça de Queiroz.
    Continuemos mergulados na corrupção, no enriquecimento ilícito, na fugas aos impostos, etc etc, nesta anarquia que a muitos ajuda.

    António Rodrigues

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