quarta-feira, maio 13, 2009

A dimensão da coisa...

Para que todos possamos começar a perceber até onde isto vai chegar, e, assim, as soluções que se irão desenhar depois das próximas eleições legislativas, sejam quais forem os resultados, aqui deixo mais um dado, avançado pelo economista Eduardo Catroga:

"Por outro lado, convém não esquecer que as principais empresas do sector público dos transportes ferroviários e urbanos estão tecnicamente falidas.

Apresentam uma dívida financeira (na realidade dívida pública) já da ordem dos 10% do PIB e um défice de financiamento (exploração e investimento) anual avultado. A situação financeira do sector constitui uma verdadeira “bomba financeira” ao retardador sobre as contas públicas, com tendência para o agravamento. Qual será a dívida financeira da CP, da REFER, da RAVE, da Estradas de Portugal, do Metro de Lisboa e do Porto, etc., a 10 anos? Corremos o sério risco de transformar a “bomba” num “vulcão” enorme."

A afirmação foi produzida num ensaio daquele economista, publicado no "i". Ver aqui.

O autor chama-lhe um "grito de alerta". E conclui que o faz a pensar no futuro dos netos e netas.

Eu sou mais egoísta. Penso na minha velhice e no que espera os dos meus filhos.

3 comentários:

  1. O plano inclinado tem limites. Com o contexto presente, com o despesismo eleitoral e quiçá eventuais «promessas a cumprir» (leia-se: pagamento de facturas eleitorais...), com a dispensa de concurso público até montantes exorbitantes, só uma «democracia musculada e bem musculada»...

    Não há democracia que resista ao regabofe eleitoralista. Depois, o povo, o eterno pagador, é que vai pagar as favas. A não ser que o «povo fardado» resolva pôr um travão na queda para o precipício!

    Democracia entre parêntesis no horizonte? Não, não é ser pessimista ou autocrata, é ser realista, tout court!

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  2. Muito interessante o artigo do Catroga. Obrigado Ventanias.

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  3. Também achei interessantíssimo o artigo do Catroga.
    achei tanto mais interessante porque sei que teve vários artigos semelhantes em cima da sua secretária quando foi ministro.

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