Os dois líderes parlamentares da direita e centro-direita nacionais, há cerca de um ano, têm vindo a efectuar um percurso em mirroring. Diogo Feio chega à liderança parlamentar, e inicia um caminho consistente e seguro. Volvido algum tempo, eis que Paulo Rangel, assume o mesmo lugar na liderança parlamentar laranja. Também na sua vez, trilhou um caminho virtuoso, quer como tribuno de excepção, quer como o rosto da Oposição à máquina socrática. Sem vacilações, opôs-se ao primeiro-ministro e às suas investidas, meticulosamente preparadas, para o horário nobre dos telejornais. Conseguindo desmontar a virtualidade e a aparência de muitas medidas governamentais.
Partem agora, rumo ao desafio europeu. Juntos uma vez mais, desta feita numa refrega de monta.
Se até há bem pouco se falava na falta de qualidade da Democracia, temos, agora, redobrada esperança de que se ainda possa arrepiar caminho. Feio e Rangel são o exemplo acabado de que, afinal, há lugar para aqueles que fazem e fazem melhor. E as direcções partidárias respectivas ao catapultá-los para estas eleições, designadamente Paulo Rangel, enquanto cabeça de lista social-democrata, demonstram o arrojo da aposta nos verdadeiros valores das novas gerações.
Paulo Rangel não é um jovem quarentão provindo das juventudes partidárias, que seguiu, by the book, com esforço e empenho, as normas de ascensão no aparelho partidário. Impôs-se pelo seu percurso e pelo seu talento.
Há uma aragem nova e Manuela Ferreira Leite não só o percebeu como já o intuiu. A sua opção demonstra muito mais (como, aliás, o referiu expressamente) do que aquilo que tem vindo a ser ventilado. Independentemente das circunstâncias conjunturais, e do curto prazo, MFL está a criar as bases de um tempo novo. É só ler os sinais.
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