segunda-feira, março 02, 2009

Voto Roubado (V): A hora da prometida análise por José Paulo Carvalho

Já se passaram quase 3 meses desde que o deputado “não inscrito” José Paulo Carvalho levou para a cadeira e gabinete dele na Assembleia da República o meu voto!

Passado este tempo e indo ao encontro do que ele afirmou numa entrevista ao DN que a sua opção “era discutível” até para ele próprio e que “só fará sentido continuar se for para ter um papel e uma intervenção relevante, nomeadamente na área da Educação” e “ se chegar a meados de Fevereiro e constatar que sozinho é impossível… que o trabalho não tem reflexos nem no Parlamento nem no exterior, é óbvio que não vou ficar”.

Fevereiro terminou e está na altura dessa análise Pois cá estamos na hora da reflexão, e não há dúvida nenhuma sobre a visibilidade de José Paulo Carvalho neste últimos meses. E como José Paulo Carvalho é um homem sério, defensor da família, da palavra e do bom carácter, e que não viola jamais a sua consciência (motivo que o levou a passar a independente), está na altura de concluir o que ainda duvidava:

1) Sozinho foi impossível;
2) O seu trabalho não tem reflexos nem no Parlamento nem no exterior;
3) Não tem, nem teve, uma intervenção relevante na área da Educação (aliás, num debate muito importante na Assembleia da República sobre avaliação dos professores ele não falou, não teve posição, enfim, a avaliação dos professores foi certamente um tema fora da sua agenda política).

Desta forma, ele que não é “agarrado” ao lugar de deputado, que honra a sua palavra, vai certamente este mês marcar uma nova conferência de imprensa a anunciar o que prometeu, ou seja: “ se chegar a meados de Fevereiro e constatar que sozinho é impossível… que o trabalho não tem reflexos nem no Parlamento nem no exterior, é óbvio que não vou ficar”.

7 comentários:

  1. http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=204320&visual=3&layout=10

    curiosamente, tal como demonstra o link supra, foi a única mente iluminada no meio daqueles 230 deputados (para não contar apenas com os do CDS), que leu o Código do Trabalho, quiçá um dos diplomas mais importantes da legislatura.

    Parece até que vão rever o código à custa da intervenção do seu deputado roubado....

    Vamos a ver e, se calhar, até valeu a pena ele ficar por lá...

    parafraseando V.Exa. o trabalho do deputado não inscrito teve, sem dúvidas. "...reflexos no parlamento e no exterior...".

    "Par(a)lamentar" é ninguém do CDS se ter dedicado a ler o novo C.T.

    Sinceramente também acho que o próprio não se devia ter agarrado ao lugar, mas fazer estes posts também não deixa de ser ligeiramente ridiculo da parte de V. Exa...

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  2. A notícia em questão não comprova que leu o código do trabalho.
    Depois, e já que ele ficou "nomeadamente pela Educação", é de salientar a sua falta no debate sobre a Educação Sexual e a ausência do seu discurso na AR noutros debates da Educação, como, por exemplo, na Avaliação dos Professores.
    Se há um facto em que não existem dúvidas no Parlamento, é que a sua "voz" não tem reflexos no exterior nem se ouve lá dentro...
    AJB

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  3. Não comprova que leu o Código do Trabalho??!?!

    Oh homem tenha juízo! veja lá mais esta notícia:

    "A forma encontrada pelo PS para corrigir a omissão das contra-ordenações no actual Código do Trabalho está longe de ser consensual. Para o deputado não inscrito José Paulo Carvalho - que detectou a lacuna no diploma e hoje avança com um projecto de lei de alteração - o pedido de rectificação dos socialistas configura uma " violação da lei".

    Um entendimento que é partilhado pelo especialista em Direito do trabalho Luís Gonçalves da Silva. "Não percebo como é que se pode usar a figura da rectificação quando o que está em causa não é uma rectificação. Está a cometer-se um erro em cima de outro", sublinha o especialista, que trabalhou na redacção do anterior Código de Bagão Félix"

    in DN 3-3-09 (de hoje)

    Como lhe digo é o único que leu o Código do Trabalho com atenção. O que não deixa de ser curioso, pelo menos no caso do CDS, uma vez que tem lá um deputado que até fez uma versão anotada do novo Código (vd http://pqg.blogspot.com/2009/02/pedro-quartin-graca-e-pedro-mota-soares.html) e não detectou nada disto...

    Ou seja, reitero, foi o único que detectou uma coisa que agora os socialistas querem vir rectificar em cima do joelho e isso é ser mais ouvido do que todo o resto da oposição... a sua "voz" pode não ser ouvida pela bancada socialista ou pelo governo, mas garanto-lhe que todos os profs. de direito laboral concordam com ele e os tribunais também irão concordar. Se ler bem a lacuna que ele detectou verá que se trata do regime contra ordenacional da SHST, coisa que não pode ser rectificada com efeitos retroactivos como agora se pretende...

    Mais uma vez lhe digo, também não achei bem que o JPC tivesse ficado com o lugar, mas dizer que a sua voz não tem reflexos nem é ouvida é uma injustiça que não lhe fica bem cometer...

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  4. Concordo inteiramente com o tpestana. ó AJBarros, esqueça este ataque pessoal ao JPC. Olhe, eu votei mais no JPC do que no CDS...

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  5. O deputado JP Carvalho apresentou na semana passada um projecto-lei que prevê fazer variar o valor do IMI em função do nº de filhos.

    O deputado JP Carvalho apresentou na AR um pedido de avaliação da possibilidade de se adoptar a liberdade de escolha na educação.

    Em menos de dois meses, JP Carvalho defendeu quem votou CDS.


    No governo, Portas, que teve Bagão como ministro da Finanças, nada fez para representar o seu eleitorado:

    - o IMI não diminui com o nº de filhos
    - o coeficiente familiar não foi adoptado
    - diminuiu as taxas de IRS (acabando com o benefício fiscal dos PPR e CPH), em vez de diminuir a dedução à colecta das famílias com filhos.
    - não adoptou a liberdade de escolha na educação.

    para não falar do:
    - aumento do IVA de 17 para 19%,
    - aumento do PEC em 150%!!!

    JP Carvalho roubou o quê?! Ou será que os outros 11 senhores é que são refinados ladrões?

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  6. Engraçado... Eu diria mais o contrário... Ou será que a proposta para o IMI ter em consideração o número de agregados do ambiente familiar não revela trabalho? E o projecto de resolução para a liberdade de educação e o projecto de lei sobre o código de trabalho? Desconfianças ao início, até percebo... Mas nesta fase do campeonato só não faz um balanço francamente positivo quem não quiser ver. Isto para já não falar do facto de ter sito este Deputado a encontrar os imensos erros no "Magalhães". E não diga que são sorte ou jogos de imprensa. Viu na televisão que o Deputado JPC se deslocou a Estremoz por causa do estado da muralha, problema que já vem desde 2000? Pena é que os restantes Deputados não façam o mesmo trabalho...

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  7. Esta mais que visto que assim o CDS não vai a lado nenhum.
    Agora percebo porque não se dá pelos outros 11 deputados.
    Devem andar ocupadíssimos a manter o poleiro.
    Já dizem que o CDS voltou ou estará prestes a voltar ao "táxi" mas com este tipo de apoiantes nas próximas eleições vão é todos de patins... para casa. O que vão conseguir é ninguém a querer chefiar um bando de mal dizentes cuja única diversão é ver a queda de seus representantes.

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