Não é minha, a crítica, é dos nossos maiores. E é de sempre.
Pois eu entendo que é minha responsabilidade lutar para que isto mude. Quero deixar aos meus filhos o legado de ter tentado. Não sinto obrigação de triunfar, mas sinto a Fé de acreditar que, se tiver uma oportunidade, muitos acreditarão comigo e de saber que, se esses muitos forem suficientes, então Portugal mudará.
Esta minha decisão implicava escolher adversários e objectivos. O adversário, para mim, é claro: a noção perversa de que "não vale a pena". É esta a arma principal de quem beneficia deste sistema, deste regime. Não precisam de fazer nada para o protegerem, para se protegerem; basta-lhes convencerem quem deseja que as coisas mudem que "não vale a pena". E nós, nos nossos brandos costumes, vamo-nos encolhendo, aceitando que "não vale a pena", assim confirmando que, de facto, não vai valendo a pena.
Pois eu quero morrer gritando que VALE A PENA. O que significa que acredito profundamente que é possível. Basta querer.
Do mesmo modo, para mim o objectivo é claro. Destruir o centralismo em que assenta este sistema, este regime. A centralização é, não tenho dúvidas, o instrumento principal de quem quer manter o actual, e persistente de há séculos, estado de coisas. É através dela que se mantém os privilégios, as benesses e as sinecuras de quem nos vai governando.
É, por conseguinte, contra a centralização que se pode modificar o "estado das coisas". Destruir a concentração do poder, dividi-lo pelos diversos níveis em que poderia, creio, ser melhor exercido, é uma outra forma de distribuir o poder das elites por outras tantas elites, desse modo forçadas a competirem entre si. Sem tabus e sem limites, o que significa, por exemplo, que a regionalização tem méritos, neste pressuposto, como nenhuma outra medida terá. Mas nada se esgota aí.
Acredito que a descentralização será o melhor método para se reconstruir um País mais humano, mais próximo das pessoas e dos seus problemas, mais possuído pelos seus destinatários, que somos todos nós.
Só por estas vias, estou convicto, será possível reconstruir o País num outro modelo, que beneficie um número muito maior de cidadãos, que finalmente coloque o cerne da cidadania nas mãos de uma maioria alargada de cidadãos, a tão propalada classe média, elemento essencial do triunfo dos modelos sociais europeus e conquista fundamental das democracias ocidentais. E, assim, alcandorá-la aos níveis e padrões de vida modernos, das sociedades ocidentais, a que queremos pertencer e de que nos reclamamos, também há séculos.
E que, no fundo, são "o outro" - neste sentido social - de que fala o cristianismo que me inspira; com principal acuidade para os mais desfavorecidos, como é dever de quem "pode".
Por tudo isto, há muito tempo que procuro a oportunidade de poder gritar bem alto que VALE A PENA. Sinto que o momento está a chegar. A oportunidade está à porta. Vem aí verdadeiras alternativas. Espero, e estou a esforçar-me por isso, contribuir para elas com as minhas convicções. Com responsabilidade. Porque,
É POSSÍVEL UM PORTUGAL MELHOR. BASTA QUERER.
Caro Ventanias,
ResponderEliminarDada a temática abordada, tomei a liberdade de publicar parte deste seu "post", com o respectivo link, no
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Regionalização
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Cumprimentos
A REGIONALIZAÇÃO IMPÕE-SE POR SI E NÃO PELA OPORTUNIDADE!
ResponderEliminarVejo muita gente a ser pela regionalização só por oportunismo, na hora de votar disseram:
«É uma fonte de despesismo!»
«É mais um tampão burocratizante!»
«É um espalhar de Terreiros do Paço pelo país inteiro!»
«É fonte corrupção!»
Houve quem fosse acérrimo defensor dela (Cavaco & Companhia) e, na hora de optar, virasse o bico ao prego com a maior desfaçatez!!!
Apesar das suas vicissitudes e jogos de bastidores (alguns certos outros duvidosos...) Pinto da Costa
ResponderEliminarfoi dos que mantiveram a coerência. Nesse particular, honra lhe seja feita.
Já tem nome para esse novo partido?
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